Capítulo 15

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Depois de todo o estresse que passei nas últimas semanas, devido os conflitos e uma tentativa de invasão da facção rival no meu morro, tudo o que eu queria era encontrar a Maria e descansar

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Depois de todo o estresse que passei nas últimas semanas, devido os conflitos e uma tentativa de invasão da facção rival no meu morro, tudo o que eu queria era encontrar a Maria e descansar. Eu nunca havia tido necessidade de algo ou alguém como passei a ter depois que a Maria entrou na minha vida. Eu sentia vontade de ter ela, de ficar perto dela o tempo todo, então passar pouco mais de um mês longe da mesma foi do caralho pra mim.

Quando a vi na porta de casa, instantaneamente algo dentro de mim se acalmou. Era como se eu tivesse uma ferida e ela fosse meu curativo. Era estranho alguém ter esse poder sobre mim, mas confesso que por ser a Maria, eu gostava. Tinha certeza que ela não usaria esse poder para me ferrar, ainda mais agora que carrega nosso filho no ventre. Nossa cumplicidade aumentou nos últimos meses por causa do Theo e apesar de eu nunca ter pedido desculpa para ela por tudo que fiz, sabia que ela não tinha mais raiva de mim.

O coração e bondade dela, eram admiráveis. Eu ficava aliviado quando pensava no futuro do nosso filho, pois sabia que ele seria como sua mãe. A Maria, mesmo sem mim, daria tudo que o Theo precisaria, o que me deixava feliz e tranquilo.

É lógico que eu queria participar da criação do meu filho, mesmo com receio de como irei me sair, entretanto, meu futuro era incerto. Eu poderia morrer ou ser preso, antes mesmo dele nascer, e confesso que isso já me apavorou bastante. Outra coisa louca que experimentei pela primeira vez nesses últimos meses, foi a sensação de querer viver para acompanhar o crescimento de um ser humano.

Eu nunca senti isso. Nunca pensei em viver por alguém. Antes eu entrava em um confronto sem me importar se sairia vivo ou morto, porque o importante era defender minha causa. Mas isso agora mudou. Quando tentaram invadir o morro na semana passada, eu pensei na Maria e no Theo o tempo todo. Foi horrível imaginar que eu deixaria eles sozinhos nesse mundo e que não iria chegar a conhecer o meu filho caso morresse naquele dia, por isso, assim que deu, meti o pé da favela e fui encontrar a Maria.

Meu desejo era ficar naquela casa e nunca mais voltar para o morro. Esquecer do "Playboy" e da vida que levava, mas infelizmente não podia. Não era tão simples assim. Eu não era um traficante qualquer um que ainda tinha chance de sair do movimento, eu era a porra do dono do morro e não tinha redenção. Então precisaria aproveitar o tempo que me resta com uma das pessoas mais importantes da minha vida.

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