Só os Mortos Mantém Segredos

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Nota do Autor: Não romantizamos sindrome de estocolmo nem sequestro nesse perfil, por favor não me processem.

Alguns Dias Atrás (Ou melhor, antes do capitulo 9)

Os passos das botas com saltos era a única distinção de que algo estava presente naquele breu, pois assim como já dito, o domínio onde Azrael vivia era em sua maioria, escuro, frio e mórbido, envolto da ausência da magia, mas não é como se tivesse qualquer coisa para ele ver, quando não existia nada lá.

Ele andava de cabeça baixa com os braços postos atrás do corpo, se batessemos uma luz para conseguir identificar sua fisionomia não teria mudado muito, mas de certa forma, ele parecia agora mais... Humano, dessa vez estava só com um par de olhos carmim, o cabelo negro liso estava totalmente solto e a franja comprida caia um pouco nos olhos e nenhum chifre saltava por entre as madeixas, as presas estavam guardadas assim como as garras, as as unhas continuavam longas e seu olhar era monótomo e desinteressado, quando uma certa luminosidade chamou a atenção, e no momento que levantou a cabeça pôs um sorriso presunçoso nos lábios.

— Finalmente — cantarolou se aproximando — O Raio de Sol que conheço voltou.

Rá estava terminando de arrumar o traje preparado para si quando sua cabeça virou até o demônio com um olhar irritado, seus cabelos ruivos ondulado estavam solto cobrindo as costas, a cicatriz no olho direito que o cortava e as íris de pupila cor de leite também continuavam o mesmo, ele ainda era mais baixo que Azrael mesmo com o corpo masculino que sempre o pertenceu, o casaco amarelo estava sobreposto nas roupas negras que usava, cobrindo até os pulsos e a calça longa justa estava para dentro das botas de cano alto também escuras, o casaco era apertado nos braços e descia numa cauda longa demais bem chamativa, além de ser decorado com ornamentos feito de ouro, deixando ainda mais brilhante, e falando em brilho, era visível a luminosidade natural que ele exalava o que só aumentou com a aproximação de Azrael.

— Para de reclamar — retrucou com a voz grossa — Sabe porque tive que fazer aquilo.

— Ainda sim me irritava ver mentindo para si — deu de ombros.

— Eu não estava, mas como queria que eu explicasse em três minutos para Ártemis no sonho dela? — revirou os olhos — "Oi Ártemis, então se lembra como eu usava a forma de uma rainha imponente? Então, tudo mentira, na verdade eu sou um cara bonitão" Ela só pensaria que teve um sonho esquisito, e que eu não era realmente Rá, foi a melhor opção, mas não pretendo continuar com ela — fez uma careta.

Ele tinha um ponto, O Chamado do Sol não era lembrado como um homem, mesmo que enquanto um humano sem poderes se identificava como homem, argumentava que se parecia assim pois era mais fácil ameaçar as pessoas para ficar fora de seu caminho, mas os demais sabiam suas razões, contudo, quando virou um Chamado, informações apareceram em seu caminho, o que fez ele decidir criar uma imagem para ser lembrado caso partisse, e não por que era ansioso e temia pelo futuro, mas isso cabe a ele explicar, contudo por essa decorrência o levou a formar a imagem do Chamado do Sol, que usando seu corpo como vantagem criou a líder que tomariam como musa, e mesmo sendo uma farsa, funcionou. Porém, Rá estava morto, e a verdade do que sua alma é não é algo que pudesse fugir, ali ele não tinha que se esconder, e pode ser quem realmente era, como antes quando era só um humano. Óbvio que ele não esperava ter que voltar a entrar em contato com os demais, mesmo sabendo da ganância de Azrael que ele tentou conter por todos aqueles anos, sua volta para mundo vivo estava marcada, o forçando a avisar Ártemis, e escolheu a forma de como O Chamado da Lua lembrava dele, mas não é como se ele fosse manter aquilo, pois existe um ditado, quando se solta um pássaro, ele nunca vai querer voltar para sua gaiola.

Os Heróis Que O Mundo EsqueceuOnde histórias criam vida. Descubra agora