A Aparências Enganam

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Nota do Autor: Eu realmente espero que Moisés não tenha direitos autorais.

E como em um simples passe de mágica, Iemanjá se encontrava na frente da porta de um pequeno estabelecimento na costa do extremo sul da Índia. O sol brilhava lá também e a barulheira era enorme, pescadores, vendedores ambulantes e pessoas que passavam por ali conversavam em alto e bom tom, Índia, populosa como sempre. Claro, não é o mesmo tanto de pessoas que a 500 anos atrás, mas podemos dizer que a Índia recuperou sua baixa massa de habitantes rapidamente. Iemanjá encarava aquela confusão de pessoas emaranhadas para lá e pra cá se perdendo com a vista, e aí está o problema de ser poliglota, se ela não entendesse o que estavam falando seria apenas estar em meio a um show com pessoas cantando freneticamente letras que você não conhece, ou seja, apenas barulho, porém quando se entende o que se é dito, o cérebro tende a optar pela curiosidade para conseguir entender o seu redor, e bom, era muita informação sendo captada de uma só vez, o que dava um nó nos pensamentos do Chamado do Mar, porém não é como se ela conseguisse evitar aquilo, seu abrangente conhecimento das mais diversas línguas foi mais uma das bênçãos que vieram com os poderes dos Chamados, então era apenas um fato que tinha que lidar.

O clima era ameno, afinal era inverno na Índia, porém pelo seu clima naturalmente quente deixava apenas o ambiente um pouco fresquinho e Iemanjá até parou para sentir o clima agradável, ela odiava o inverno então aquilo era deleitante.

Contudo, entenda uma coisa, tudo isso aconteceu em apenas cinco segundos, pois assim que Iemanjá parou para apreciar o ambiente caloroso, ela foi empurrada por vários corpos apressados para também chegarem ao seu destino. Agora quero que imaginem pinos de boliche, caindo ao chão assim que colidissem, bom, foi mais ou menos isso que aconteceu.

Você não vê para onde está indo quando atravessa um portal, então quando alguém passa por ele na sua frente era como se a pessoa simplesmente desaparecesse, logo é óbvio que você poderia acabar trombando com alguém se não tomasse cuidado, e quando Iemanjá empacou bem na saída do portal, foi trombada logo em seguida por Gaia, Júpiter e Umbra que vinham em seguida, os quatro foram ao chão pela colisão caindo em cima de Iemanjá, mas isso não para por aí, Pois Loki e Ares que vinham ao fundo também tropeçaram e caíram em cima da já montanha de corpos, apenas Ártemis que ia por último percebeu o que acontecia e conseguiu esquivar. As pessoas locais encaravam o grupo com curiosidade, pois até segundos antes eles tinham certeza que não havia ninguém ali, e dois segundos depois, seis pessoas foram ao chão, e uma ria deles com a mão escondendo o sorriso.

- O idiotas! Querem sair de cima de mim?! Eu sou um colchão por acaso? - reclamou Iemanjá se esperneando e se mexendo para que o resto deles saísse de cima de si.

- Se for, é um colchão duro pra caralho - grunhiu Gaia sentindo as costas doerem - Porra Umbra para um cara tão baixinho tu tá pesado.

- Olha vai se fuder vai - retrucou Umbra.

E assim eles levantaram, Gaia, Umbra, Júpiter e Iemanjá reclamando das dores que a colisão deixou, e o resto deles, que não tinham sido esmagados, ria baixinho.

- Então, Índia, certo? - perguntou Júpiter olhando ao redor - Caraca eu não lembrava de ser tão movimentado.

- Talvez porque quando viemos aqui na última vez, havia monstros devorando toda a população - disse Umbra com sarcasmo ajeitando suas roupas.

- Pessoal, foco, precisamos de um barco - disse Ártemis olhando para o porto.

- Hora da mágica Loki, é com você! - comentou Gaia animada dando dois tapinhas nas costas de Loki.

Loki suspirou, detestava enganar pessoas para proveito próprio, ele não era assim, mas precisavam de um barco, e contanto que devolvessem inteiro o transporte não teria problema, certo? Eles andaram até onde se encontrava os barcos, desviando e recusando educadamente todo vendedor ambulante que queria extorquir alguma grana deles que não pareciam mais do que meros turistas esquisitos com roupas da estação errada. Havia bastante navios veleiros pequenos, mas Loki não achou que o veículo precisava ser muito grande, então se aproximou do que parecia ser um pequeno barquinho de pesca a motor, com um velhinho parrudo e rabugento próximo dele que parecia ser o dono do veículo.

Os Heróis Que O Mundo EsqueceuOnde histórias criam vida. Descubra agora