Amigos, Amigos, Negócios à Parte

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Nota do Autor: Me pergutaram se eu não canso de tacar mais trauma no meu protagonista, e de maneira comovida e empática eu disse: "...Não". E dropei mais 30 páginas de história triste.

— Muito bem você o ouviu — disse Umbra observando um pequeno relógio de pulso — Falta 1 minuto pro nascer do sol, vou contar até 5 e no zero você faz o que combinamos — disse para a sombra ali próxima — Entendido?

— Sim mestre — sorriu Sung.

Rá continuava mais torto do que tudo na cama, adormecido como se o mundo pudesse cair ao seu lado, que ele continuaria dormindo. Umbra por outro lado não dormiu, ficou ocupado demais quebrando uma parte do quarto vago que era seu vizinho para... Bem vou deixar ele contar para não estragar a pouca animação que conseguia desenvolver para esses momentos.

Independente de ter dormido ou não seu semblante cansado tinha diminuído, até mesmo as olheiras fundas que era de praxe em sua aparência tinham sumido levemente, não se tem certeza se foi pelos desmaios, pela excitação em voltar a trabalhar com o que gosta... Ou... Hm, não, não deve ser isso.

Por mais que não tinha dormido ele havia posto um pijama que ainda escolherá não trocar, sendo uma camisa confortável de gola e manga longa e calça de moletom, não vou dizer que as pantufas eram de pelinho para não o constranger, mesmo que ele não se importasse.

— Muito bem, 5, 4, 3 — contava fitando o relógio — 2, 1, 0! — exclamou.

No mesmo instante Sung colocou uma daquelas buzinas na orelha de Rá e a apertou com a maior vontade que tinha fazendo um barulho ardido o qual levou até Umbra tampar os próprios ouvidos. Após uma longa buzinada, e nenhuma reação de Rá, ou quase, pois ele virou pro outro lado ainda dormindo e retrucou algo como "Sim senhor Caramelo eu gosto de algodão doce" indicando também estar em um sonho esquisito. Sung fitou o mestre dele em total choque, quando disseram que o sono de Rá era pesado, não era brincadeira, Umbra suspirou.

— Plano dois então — estalou os dedos.

Sung entendeu como um sinal quando logo em seguida se jogou em cima do abdômen de Rá com força, agora ganhando uma reação quase instantânea, pois o Chamado do Sol levantou como se tivesse tomado um soco, o que foi mais ou menos isso.

— Buceta do caralho! Quem foi o porrinha que... — gritou enraivecido, notava-se o cabelo levantar um pouco pelo fogo, mas parou ao notar a sombra ainda encima de si — ...Ah — seu semblante suavizou — Bom dia Sung — murmurou esfregando o olho.

— Bom dia Rá! — respondeu dando um sorriso aberto.

— Aham — comentou levantando o cobertor e prendendo Sung embaixo dele — Eu disse para me acordar não tentar me matar.

— Ei! — reclamou a sombra — Foi o mestre que pediu! — argumentou e logo o volume que se debatia embaixo do cobertor se dissipou.

Sung apareceu nas costas de Umbra novamente dando um sorrisinho.

— Golpe baixo — retrucou Rá bocejando — Isso foi ideia sua? — perguntou voltado para Umbra, o qual mantinha os braços cruzados.

— O que acha? — indagou sarcástico.

— Hm — se moveu rápido para pegar no braço de Umbra o puxando mais para perto o que quase fez o Chamado das Sombras cair na cama — Que bom que está se divertindo às minhas custas — falou com um mal humor matinal e logo após isso emitiu um clarão que deu um susto em Umbra e ele se afastou com os olhos ardendo.

— Aí cacete, meu olho praga! — resmungou os esfregando enquanto saia do quarto ainda cambaleando.

Rá deu um risinho leve, meio a parte da situação devido o sono, mas logo acordou quando ouviu um barulho de pancada e algo caindo no chão seguido de um xingamento por parte de Umbra, o que fez o Chamado do Sol se levantar com pressa para ver o que tinha acontecido, notando Umbra no chão esfregando os olhos, ele se direcionou próximo do outro se agachando para oferecer apoio.

Os Heróis Que O Mundo EsqueceuOnde histórias criam vida. Descubra agora