E se você fosse uma Jabami, que após a sua irmã mais velha ser destruída em uma aposta, e acaba sendo internada em um hospital, você se vê sem escolhas a não ser ir para um internato, para tirar quase todo o peso da responsabilidade da sua segunda i...
- Desde quando a presidente, se importa com as trapaças nas apostas? – Ouço uma voz feminina de fundo, enquanto vou recobrando a consciência. – A Yuriko e até mesmo a Yumeko, foram envenenadas e a presidente nem se quer se importou, então por que agora está sendo diferente?
- Realmente eu nunca me importei com as trapaças nos jogos, eu até as acho divertidas, porém desta vez foi diferente pois não estava tendo nem uma aposta. – Ouço a voz fria da Kirari. – Se a Miyo tivesse matado uma aluna por tela envenenado deliberadamente, o clã Momobami poderá sair deste problema sem quaisquer consequências, mas eu não posso dizer o mesmo do colégio. Então enquanto eu ainda sou presidente do grêmio, a reputação da Academia Hyakkaou, irá continuar impecável.
- Eu não acho que a academia seria afetada de alguma forma se uma aluna fosse assinada, por um membro do clã Momobami, ainda mais se essa aluna carregar o sobrenome Jabami. – Mesmo sentindo a minha cabeça pesada e o meu corpo dolorido, eu me sento no sofá mantendo a minha postura reta, minha cabeça erguida e cruzando as minhas pernas, enquanto olho na direção do "trono" achochada de veludo vermelho, onde a Kirari se encontra sentada com a sua postura elegante, fria a e inabalável, e a Sayaka se encontra na sua frente e de costas para mim, com um caderno na sua mão direita. Uma coisa que eu aprendi muito bem no colégio interno, é que nunca deve mostrar a sua fraqueza para alguém, você pode estar destruída, arruinada, acabada, mas nunca deve perder a sua elegância, e eu já me mostrei fraca de mais para a Kirari, então está na hora de eu pegar o meu controle de volta. – O clã Momobami tem todo o Japão nas palmas das suas mãos, e por incrível que pareça a maior riqueza e onde circula a maior quantia de dinheiro do Clã, e essa academia, então se um aluno morrer aqui, será como se ele nunca tivesse nascido.
- Que bom que você acordou. – Kirari fala assim que os seus olhos azuis brilhantes se encontram com os meus pretos. – Sayaka, poderia pedir para alguém trazer alguma coisa para a S/N comer.
- Não precisa, eu mesma irei até o refeitório. – Falo enquanto discretamente vejo se consigo ficar de pé com os saltos.
- Você ficara aqui, até porque, teremos uma longa conversa. – Kirari não precisou elevar o seu tom de voz, para que eu soubesse que ela não está pedindo, e sim mandando que eu continue aqui, e logo em seguida os seus olhos se voltou para Sayaka. – Enquanto eu estiver conversando com a S/N, eu não quero ser interrompida, e quando forem vir trazer o lanche dela, eu quero que batem na porta e esperem a minha autorização para entrar.
- Sim, presidente. – Após concordar, Sayaka dá as costas para a Kirari, e antes de se dirigir para fora da sala, ela olha na minha direção.
Como sei que não vou sair daqui nem tão cedo, ainda mantendo a postura eu me encosto no sofá, e quando a porta é fechada pela Sayaka, eu olho novamente na direção da Kirari que agora está descendo os dois degraus que faz com que o seu "trono" fique no alto, e vai até uma mesinha de canto, e lá ela coloca chá em duas xicaras, e com elegância ela anda na minha direção e coloca uma das xicaras na mesinha a minha frente, e logo em seguida se senta no outro sofá que a deixa de frente para mim, e quando ela leva a xicara até os seus lábios, eu percebo que eu estou hipnotizada por cada movimento que ela está fazendo.
- O que temos para conversar? – Pergunto tentando disfarçar, enquanto uso o dedo indicador da mão esquerda para jogar a minha franja de lado e usando a mesma mão, eu jogo o meu cabelo para trás, e mantendo a minha postura eu pego a xicara com a minha mão direita e logo a levo para os meus lábios.
- Você não disse que queria saber da onde eu te conheço? – Kirari me responde assim que coloca a sua xicara na mesa, e deixa as suas mãos sobre as suas pernas cruzadas. – Eu irei te responder.
- Tão fácil assim? – Eu também coloco a minha xicara sobre a mesa, e me sento exatamente igual a ela, a única diferença é que o seu rosto se encontra sem expressão exatamente como estava quando estávamos jogando roleta-russa, e eu estou com a minha típica cara de desafio. – Qual é o preço que terei que pagar pela resposta?
- Preço? O que te faz pensar que eu, estou te vendendo essa resposta? – A sombra de um sorriso aparece em seus lábios, foi rápido, mas não passou despercebido pelos meus olhos.
- Porque tudo aqui gira em torno do dinheiro, de favores e até mesmo de planos de vida, então eu acredito que as suas respostas Presidente do Grêmio Estudantil, tem um preço, e posso dizer que é um preço muito alto. – A respondo arqueando a minha sobrancelha esquerda.
- Realmente, tudo aqui tem um preço, principalmente tudo o que me envolve, mas no seu caso é diferente. – Ela fala finalmente abrindo um sorriso completo. – Pois a resposta que eu te der, vai ser benéfico para mim, eu quero que você se lembre.
- Me lembre do que? – Pergunto tentando manter a minha voz calma, e não deixar a minha ansiedade transparecer.
- Da nossa infância.
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(Se vocês quiserem, podem imaginar a S/N Jabami assim, ou se vocês estiverem imaginando ela como uma personagem do anime ou mangá, podem usar a Sana como uma base para a imaginação de vocês.)
