Presa a Você - O amor em meio ao caos

Capítulo 25

As horas passaram incertas. Eu não sabia se James estava bem ou muito menos se tinha lido a minha mensagem.

Eu sabia, sim, tinha certeza que era questão de hora para que eles me matassem.

Um outro homem entrou no quarto e veio em minha direção pedindo que eu me levantasse e o seguisse.

Meu coração estava em batidas errantes. Esse seria o meu fim?

Fomos em direção ao escritório de James. Durante todo caminho vi vários homens que não faziam parte da guarda do meu marido circulando pela casa.

O homem que estava na minha frente bateu a porta, abrindo em seguida e liberou espaço para eu entrar no cômodo.

De frente a uma enorme janela e de costas para mim, o mesmo homem que vi no Paraíso estava parado, o silêncio foi quebrado.

– Surpresa de me ver aqui, Amber? – Sua voz rouca e tom tranquilo deixou-me em estado de alerta e choque.

– Eu... O que está acontecendo? – O encarei quando ele virou ficando de frente para mim.

Ele tinha um sorriso calculista e me olhava atentamente.

– Eu sou o líder dos Malloy. Mas uso o nome de solteira da minha mãe. É estratégico, depois que meu pai morreu nossa família ficou muito exposta aos perigos. – Ele sorriu cinicamente.

– Qual a ligação da Melina com tudo isso? – O perguntei com tom de voz tão baixo que tive que corrigir minha postura para não demonstrar todo o meu medo daquele homem.

– Mel é minha parceira, estamos nessa desde a adolescência. Quando estava aproximando o casamento deles, ela me pediu para evitar que isso acontecesse e então o resto acho que você já sabe o que aconteceu. – Ele pisca um dos olhos como se fôssemos cúmplices.

Eu estava chocada. Melina e James eram vistos como um casal apaixonado por todos do seu círculo social naquela época, aquilo era impensável. Porém ela nunca o amou e fez de tudo para se livrar do Carter, inclusive matar os próprios pais.

– Eu queria fazer a mesma coisa por você quando a conheci no Paraíso. Algo me dizia que você nasceu para ser minha, Amber. O maldito do meu irmão tentou impedir de me aproximar de você, mas era impossível não acompanhar seus passos.

Ele veio em minha direção e parou a alguns centímetros de distância de mim.

– Seu irmão é...

Não consegui terminar de falar.

– Sim é o Tomas ou melhor John Malloy. – Ele tocou o meus cabelos, me assustando com o gesto. – Você continua linda.

Eu encarava com ódio, mas ele me olhava como se fosse um pedaço de carne para saciá-lo.

– Você matou a minha família. – Não consegui controlar as lágrimas.

– Eles obrigaram você a casar contra a sua vontade. Você não deveria se importar com a morte deles. – Seu rosto estava congelado muito próximo ao meu.

– Eu te odeio.

Sinto-me minha mão dar um tapa estalado no rosto daquele homem que destruiu minha família.

Ele sorria de forma doentia olhando para mim. Meu desejo era apenas ter uma arma e dar um fim na vida daquele monstro à minha frente.

– Hoje você será minha. – Suas mãos me agarraram me puxando em direção ao seu corpo tentando me beijar contra minha vontade.

Escuto a porta ser aberta rapidamente enquanto luto contra meu assediador.

– O que você está fazendo com essa vadia? – A voz da Melina preenchia o ambiente.

– Você não deveria estar aqui. Saia e depois falo com você. – A voz do Henry preenchia o ambiente de forma predadora e autoritária.

– Você não vai me trocar por ela! – Meu braço foi agarrado pelas mãos de Melina que enquanto me puxava arranhava-me com as suas unhas.

Não me controlei, um sentimento de raiva, ódio destinado aqueles dois me impulsionou a revidar. Com os punhos fechados o ergui e um movimento rápido e certeiro o direcionei na face daquela que era única que me restava da família. Escutei um estralo quando o nariz da Melina foi atingido. A ação deixou aqueles dois malditos em choque e o sangue que escorria sobre a face daquela maldita e isso só alimentou meu desejo por querer vê-la morta.

– Eu vou matar você, vadia. – Melina avançou em minha direção sem importar com sangue que sai do seu nariz.

– Saia daqui Amber. – A voz do outro monstro mandava que eu me retirasse do escritório.

Ao me afastar do cômodo escuto a voz doentia do Henry falar.

– Ela morrerá hoje.