Capítulo 26

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Eu estava sendo consumida pela raiva, minha sentença tinha sido dada. Morreria hoje, mas não sozinha.

O desejo de vingança me consumia. Eles tiraram tudo de mim.

Enquanto eu era levada para o quarto de hóspede, fingi que estava passando mal, precisava ser levada ao quarto principal que era antes do cômodo que estavam nos deixando em cativeiro.

– Preciso tomar meu remédio. Eles estão no quarto. – Avisei ao segurança fingindo um desequilíbrio ao segurar na parede.

– Você vai ficar sem esse remédio. – O retorno do segurança me deixou furiosa, estava sendo arrastada por ele.

– Você não entende... – Continuei no papel de frágil e doente. – Quando não tomo o remédio minha pressão baixa, por isso estou assim... Acho que vou desmaiar... – Me joguei sobre ele.

Ele deu um tapa em meu rosto como se isso fosse me despertar, sinto o meu rosto arder e seguro as lágrimas para não chorar.

– Vamos, me mostra onde é esse quarto. – Ele me puxa e eu aponto na direção do corredor onde o quarto fica.

Seguimos na direção a onde apontei. Quando entrei no local vi tudo revirado. Meu coração estava acelerado. Será que acharam o cofre?

– Onde está o remédio? – O brutamonte pergunta.

– Na suíte. – Aponto. – Posso ir pegar?

– Vou com você.

Droga, como eu conseguiria abrir o cofre e pegar a arma com esse homem ao meu lado.

Escutamos gritos vindo do andar de baixo e o homem que está me vigiando tira a arma do cós da calça e aponta para mim.

– Vou lá embaixo ver o que está acontecendo você fica aqui trancada.

Ele sai me deixando trancada enquanto o barulho só aumenta.

Corro contra o tempo, vou em direção ao closet e sigo as instruções de James para achar o cofre. Ao abrir vejo que lá tem muito dinheiro e duas armas, pego a pistola, espero que eu lembre como usar isso.

Coloquei nos cós da minha calça e cobri com blusa longa e folgada que eu estava usando.

Enquanto isso, uma discussão ocorria no andar de baixo, pensei em mexer no celular e ver se James tinha visto a mensagem, porém a porta foi aberta rapidamente antes mesmo de pegar o aparelho.

Tomas ou John Malloy estava na minha frente me encarando sério.

– Você está bem? – Ele falou caminhando em minha direção. – Te machucaram?

Me afastei, estava com raiva dele. Ele mentiu, eu entreguei meu coração a ele e fui traída.

– Não me machucaram. – Eu olhei mantendo distância. Não queria correr o risco que ele me tocasse e sentisse o volume da arma. – Você mentiu para mim.

– Amber, desculpa. Eu nunca menti quando falei que te amava. – Ele continuou tentando se aproximar.

– Desde quando quem ama faz isso? – Sorri triste. – Minha família foi morta pela sua e daqui a pouco eu também serei.

– Eu nunca deixarei que ele a machuque. – Ele tocou em meu rosto, mas seu toque me deu repulsa.

– John, eu preciso levar ela ao quarto que o menino está com a babá. – O capacho que estava me escoltando aparece atrás do homem que eu achava que me amava.

– Tudo bem. – Ele fala virando o rosto para o segurança, depois se aproxima do meu ouvido e sussurra. – Eu vou te tirar daqui segura.

Presa a Você -  O amor em meio ao caosOnde histórias criam vida. Descubra agora