Capítulo 27

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Meu coração pulsava freneticamente, eu precisava ser calculista, não poderia atacar o segurança, pois perderia a chance de levar Henry e Melina para o inferno. Se meu fim se aproximava, o dos dois também estava com os minutos contados.

Ao chegarmos na porta do quarto ouvimos tiros e a movimentação da casa ficou idêntica quando ela foi invadida pelo bando dos Malloy. Meu coração acelerou e bem a nossa frente estava Tomas com uma arma apontada em nossa direção.

Meus olhos gritavam de medo e dor, ele iria me matar, porém em meio ao burulho que preenchia a casa, um tiro saiu de sua arma atingindo o brutamonte que estava ao meu lado.

Seu corpo caindo ao chão me fez acordar do meu estado de choque, rapidamente peguei a arma que estava em minha cintura, a destravei e apontei na direção do Tomas.

– Amber abaixa essa arma, por favor. Só quero te ajudar. – Tomas falou abaixando sua arma que a pouco tempo tinha matado um dos membros do seu grupo criminoso. – Eu estou ajudando o James a te tirar daqui. É ele que está aqui.

– O que?

– Não tenho tempo para te explicar, por favor, só confia em mim, preciso te tirar daqui em segurança.

Eu não tinha muita escolha, estava prestes a morrer mesmo, tinha que tentar.

– Temos que levar a criança e a babá. – Falo apontando para a porta.

– O menino não é filho do James e nem da Melina. Ele é filho de um dos nossos e para parecer mais real e amolecer o James, Melina e Henry criaram esse plano fraudando até exame de DNA. – Ele pegou minha mão. – Confia em mim, eles não mataram a criança e nem a babá.

– Eu...

– Vamos, não temos muito tempo.

Permito ser guiada em uma direção que eu desconhecia da casa. Estávamos em um cenário de guerra, eu estava com medo e não sabia se sairia viva de lá. Poucos metros de um corredor que dava acesso a cozinha, fomos interrompidos, lá estava Henry Jones e seu olhar era mortal para seu irmão.

Henry apontou sua arma em minha direção, senti quando meu braço foi puxado por Tomas e com o impulso seu corpo acabou virando o alvo ficando no lugar onde eu estava. Eu vi quando um dos tiros o atingiu no peito e quando mesmo ferido esse atingiu o seu irmão na cabeça caindo imediatamente morto.

Tomas estava ali a minha frente sangrando, eu estava vendo sua vida se esvair sem conseguir fazer nada.

– Não chore. – Foi o que ele pediu. – Quero que minha última lembrança seja o seu sorriso. Eu te amo Amber e fui um tolo por mentir para você, me perdoe por tudo que a fiz passar.

Minhas lágrimas embaçaram minha visão, segurei o seu corpo ajudando a deitá-lo no chão. Tentei sorrir e a última coisa que fiz antes de vê-lo partir foi perdoar o meu primeiro amor.

– Eu te perdoo John. – Sorrir segurando suas mãos enquanto lágrimas silenciosas escapavam pelo meus olhos.

E assim vi o último suspiro John, do homem que conheci como Tomas e a quem entreguei meu coração.

Eu estava entregue a morte, não sabia mais o que fazer. Vi quando um dos homens se aproximou e chamou pelo meu nome.

– Amber? – A voz estava tão distante. – Ela está aqui.

Escutei passos vindo da minha direção, lá estava James Carter, seus olhos me encaravam com pena e eu não me importava, minha alma sangrava e eu estava destruída.

– E...Ele morreu... – Foi o que eu consegui falar com a voz embargada, ainda segurando as mãos agora frias daquele que seria sempre meu Tomas.

James caminhou em minha direção e se abaixou. Senti quando sua mão secou meu rosto, me fazendo encarar.

– Preciso te tirar daqui, confia em mim. – Sua mão foi estendida em minha direção.

Eu olhei pela ultima vez para o Tomas e apertei sua mão como fosse o trazer a vida novamente, porém nada aconteceu. Olhei para James e peguei em sua mão sendo erguida por ele.

Os sons de tiro continuaram, fomos levado ao um carro e quatro seguranças estavam conosco e outro carro nos seguia com mais seguranças lá dentro.

James a todo instante interagiam com os seguranças, no entanto eu estava perdida em um mundo cheio de luto. Em pouco tempo eu perdi tudo. Eu estava sozinha.

– Amber? – James me chamava. – Precisamos sair e pegar o avião, não podemos ficar mais aqui na ilha.

Apenas concordei e o segui, entramos no avião onde mais seguranças nos esperava. James pediu para o manter atualizado quando recuperasse a ilha.

– Senhora? – Um dos seguranças veio em minha direção. – O senhor Carter pediu para você beber em é um calmante.

Peguei a água e o comprimido que me foi oferecido e bebi, só queria que aquele pequeno remédio me curasse da dor que eu estava sentindo.

Presa a Você -  O amor em meio ao caosOnde histórias criam vida. Descubra agora