A cura para corações partidos

Segredinhos sujos

         *Oi pessoal! Passando pra pedir que vocês não esqueçam de dar uma estrela quando acabarem de ler o capítulo (se gostarem dele, óbvio, rsrs). Isso não me dá dinheiro, mas me dá mais ânimo para continuar escrevendo! Agradeço desde já! Então, vamos com mais um capítulo! Boa leitura! =)

Sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

          Me desculpe, colin! Mas eu não vou ser capaz de ver você sendo enganado e não fazer nada! Eu sou Penelope Featherington. 18 anos, solteira, ruiva, um pouco acima do peso, baixinha, na Friendzone e bêbada. E este foi o meu pensamento, enquanto eu caminhava até meu vizinho e amigo Colin Bridgerton e minha prima Marina Thompson, enquanto eles oficializavam seu noivado a jato na frente das suas respectivas famílias em uma pequena reunião, apenas para as duas famílias e os mais chegados. O casal estava parado debaixo do gazebo, cada um segurando sua taça de champagne, enquanto Colin fazia seu discurso depois de enfiar um caríssimo anel solitário de ouro branco com uma enorme pedra de diamante no dedo dela.

- COLIN!!! - gritei quando parei em frente a eles.

          Ambos me olharam assustados, porém de maneiras diferentes. Enquanto Colin me olhava com os olhos arregalados e cara de quem esperava alguma pegadinha ou um discurso de melhor amiga, Marina me olhava assustada mesmo, sentindo-se ameaçada por mim, com aquela cara de Não se atreva! E eu já tinha entornado 3 doses de tequila com minha amiga e irmã de Colin, Eloise, o que me deixava muito mais corajosa e sem piedade da expressão assustada de minha prima. Então eu me atreveria sim.

- ELA TÁ GRÁVIDA DE 5 MESES E NÃO DE TRÊS - gritei novamente, e observei a expressão de meu então amigo, e amor platônico, mudar de assustada para incrédula, e olhar para Marina — Olha, aqui está! É uma cópia da primeira ultrassonografia dela, faça as contas! Você não estava com ela ainda! - Falei, arrancando um papel dobrado da fenda entre os meus peitos, na frente de todo mundo e jogando para ele, que pegou o papel no ar, desajeitado - Ela quer que você assuma as crianças porque o verdadeiro pai é o George, o patrão dela, E ELE É CASADO!!!

          Houve um silêncio mortal, e Colin continuava olhando incrédulo para minha prima golpista.

- Marina, isso é verdade? - Ele perguntou, trêmulo.

          Ela o encarou com os olhos marejados de pura raiva e balançou a cabeça negativamente umas dez vezes em dois segundos. 

- Penélope! Que absurdo, minha filha! - minha mãe, Portia Featherington exclamou, ultrajada, vindo em minha direção e me puxando pela mão - Me desculpem, pessoal! Ela não deve estar bem! 

          No entanto, eu puxei minha mão de volta, com toda força, sem tirar os olhos de Colin e Marina por nem um segundo.

- Colin, você é meu melhor amigo! Eu não quero que passe uma vida ao lado de alguém que você pensa que sabe quem é, mas não sabe! Ela está enganando você!

            Ele me olhava apavorado, eu não sabia o que podia estar passando em sua cabeça, mas com certeza era algo triste. Marina, por sua vez, estava me fuzilando com o olhar e desceu os três degraus do gazebo em minha direção. 

- Ora, sua...vaca!!! — ela urrou, atirando no meu rosto o conteúdo da taça que ela segurava e pulando sobre mim em seguida.

          Eu mal pude ver os movimentos dela. Apenas senti um forte tapa em meu rosto, que me fez desequilibrar e cair. Marina era alta e forte,se exercitava regularmente, e eu, no meu estado, obviamente sairia perdendo na briga. Tentei erguer os braços, na ilusória tentativa de me defender, mas quem disse? A mulher, que já era maior que eu, com raiva por eu tê-la desmascarado na frente do quase noivo e de todas as duas famílias e mais chegados, ganhou a força de uma Mulher Hulk. Ela empurrou meus braços sem esforço algum e eu apanhei, apanhei muito, me perguntei se ninguém ia tirar aquela mulher louca de cima de mim. Quase senti o gosto do diamante que ela tinha no anel, quando ela fechou a mão e enterrou ele na minha sobrancelha. E eu não me defenderia, primeiro porque não tinha força contra ela, segundo porque não bateria em uma mulher grávida, e terceiro, porque eu estava errada. Quando comecei a sentir gosto de sangue na boca, finalmente alguém a puxou. Tentei abrir os olhos, mas não conseguia. Apenas ouvia a voz de minha amiga Eloise e seu outro irmão Benedict, ambos irmãos de Colin.