Fogo encontra gasolina

375 29 14
                                    

         *Oi pessoal! Passando pra pedir que vocês não esqueçam de dar uma estrela quando acabarem de ler o capítulo (se gostarem dele, óbvio, rsrs). Isso não me dá dinheiro, mas me dá mais ânimo para continuar escrevendo! Agradeço desde já! Então, vamos com mais um capítulo! Boa leitura! =)

           Ele simplesmente se retirou. Fiquei observando ele se afastar sem olhar para trás. O clima havia ficado pesado de repente. Eloise olhou o irmão se retirar, parecia chocada com aquilo, depois me olhou. Eu estava confusa com a maneira como ele estava agindo naquela noite. Depois que encontramos Otto no Pub anterior, Colin passou a evitar me tocar. A única intereção que havia feito com contato físico fora me tirar de cima do banco do Pub, minutos antes, mas aquilo não fora muita coisa. Fiquei com receio de que ele estivesse sentindo vergonha de mim por eu estar muito animada, dançando e bebendo, ele não estava acostumado a me ver assim. Então respeitei a distância que ele estava tomando, mas tentei não deixar de ser eu mesma por conta daquilo. Me perguntei se eu deveria ir atrás dele, mas pensei que se o problema dele era vergonha de mim, ele teria que lidar com aquilo sozinho, pois aquela era parte da minha vida agora, eu não me esforçaria para parecer uma santa só pra que ele ficasse confortável, por mais que eu o amasse.

- Então esse é o cara inglês que despedaçou seu coração, Penelope? - Owen perguntou com ar de deboche ,depois de ver Colin se retirar.

- O próprio! - respondi sem rodeios.

- Imaginei que fosse mesmo! Alguém que cuide bem de você jamais iria embora assim e deixaria você aqui com um cara como eu - ele comentou, me olhando perigosamente, os olhos verdes cintilando, e eu engoli em seco, porque ele era tentador, mesmo que eu não tivesse nenhum sentimento amoroso por ele.

- Pen, pode me acompanhar até o toilette, rapidinho? - a voz de Eloise ressurgiu, parecendo receosa.

          Acompanhei-a até o banheiro, e percebi que ela queria me dizer algo, e talvez algo importante o suficiente pra que ela se importasse em fazer toda aquela manobra pra me contar.

- Olha! Não quero me intrometer nem nada. - ela começou, apoiando o quadril na pia do banheiro e cruzando os braços, com um ar pensativo - Vai ver que eu tô meio por fora de relacionamento também, eu nunca namorei, mas eu acho, só acho, que meu irmão saiu daqui porque estava chateado com você, Pen.

- É, eu imaginei. Mas quer saber? Não posso fazer nada se ele sente vergonha de mim!

- Oi? - ela quase gritou - E ele teria vergonha de você por que, criatura?

- Não sei, Elo...acho que ele pode ter achado essa minha nova vida um tanto escandalosa, talvez.

Ela suspirou, sem paciência.

- Olha, que tal você ir pro hotel conversar com ele? Eu faço companhia pro Owen, quero continuar bebendo mesmo! Vai lá, resolvam isso de uma vez!

- Mas será que eu devo ir conversar com ele AGORA?

- Penelope, ele vai embora amanhã, você quer conversar com meu irmão quando? Eu não vou entrar em detalhes porque esse assunto definitivamente é algo de vocês, mas peço em nome da felicidade de vocês, que se você tem alguma consideração pelo meu irmão, e eu sei que tem, converse com ele, e converse logo porque ele saiu daqui puto!

          Tentei pensar se deveria haver uma explicação da minha parte, eu na verdade já estava sob o efeito do alcool e ficava difícil de raciocinar. Então resolvi seguir o impulso de pegar minha bolsa, me despedir de Owen e Eloise e partir para o hotel.

            Tomei uma chuva fina e gelada no caminho  e quase congelei, a sensação térmica era de - 3 graus. Quando cheguei, estava tremendo de frio. Fui direto bater na porta do quarto onde ele estava hospedado, mas ele não atendeu. No entando, eu podia ouvir o barulho de um chuveiro, ele devia estar tomando banho. Então, entrei para o outro quarto e resolvi também tomar um banho quente antes de ir falar com ele, tanto para não morrer congelada, quanto pra atenuar a bebedeira. Vesti uma camisola branca, de tecido fino, mas não transparente. Se havia uma segunda intenção minha ao vestir apenas aquilo para ir falar com ele? Eu estava fazendo de conta que não. Bati na porta que ligava os quartos, estava tudo muito quieto, mas logo ele veio atender. Quando ele abriu a porta, eu desejei de verdade que aquilo que ocorreria não ficasse apenas na conversa. Ele estava apenas de short, um short curto, azul marinho, de tecido fino também, e estava sem camisa, com o tórax exposto.

A cura para corações partidosOnde histórias criam vida. Descubra agora