Um beijo à beira mar

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          *Oi pessoal! Passando pra pedir que vocês não esqueçam de dar uma estrela quando acabarem de ler o capítulo (se gostarem dele, óbvio, rsrs). Isso não me dá dinheiro, mas me dá mais ânimo para continuar escrevendo! Agradeço desde já! Então, vamos com mais um capítulo! Boa leitura! =)

          Eu sou Colin Bridgerton. 23 anos, ex-colegial popular com as garotas, atual estudante de medicina, apreciador de boa comida e um grande cego idiota que tomou um fora merecido da melhor amiga traumatizada, traumatizada graças ao fato de eu ser um cego idiota, só pra constar. Depois que Penélope foi embora para a Irlanda, eu havia tirado um tempo para mim, sem me relacionar amorosamente com ninguém, foquei nos estudos e na escrita, e me senti tão bem que não consegui mais sair daquela vida. Quer dizer, ficava com uma ou outra garota de vez em quando, mas era apenas por diversão, e evitava aquelas que eu sabia que queriam algo sério. Eu não queria ninguém atrapalhando minha paz como havia acontecido com Marina. Aliás, ela nunca mais tinha me procurado, e eu soube que ela estava grávida de gêmeos e morando com os pais no interior. Porém, a minha paz ainda não era completa. Haviam as lembranças de tudo que havia acontecido com Pen, e do quanto eu havia feito mal a ela simplesmente pelo fato de nunca ter feito nada por ela. Agora, em sua vida, aparentemente, a única coisa que eu fazia de bom era manter distância. 

          Mas Deus, como eu sentia falta dela! Eu sabia que ela estava bem agora longe de mim, e eu queria muito que ela fosse feliz, mas sentia sua falta! Repentinamente, parecia que ela havia me tirado da escuridão, e sua falta me fez perceber o quanto ela sempre estava presente e o quanto eu estava acostumado àquela presença, de tal forma, que quando ela se foi, quando eu vi aquela figura pequena, ruiva e triste partindo no aeroporto, entrando naquele avião, sem previsão de retorno, eu pareci viver uma espécie de luto por um tempo. Era difícil digerir que ela não estava ali para rir das minhas piadas sem graça ou para me fazer rir, para me entender quando ninguém, nem minha mãe muitas vezes , me entendia, para estar comigo em um dia qualquer, simplesmente jogando conversa fora e falando da vida alheia, que era algo que nós insconscientemente fazíamos muitas vezes e quando nos dávamos conta, estávamos fazendo fofoca! Ela era a companhia perfeita para qualquer ocasião. Tudo bem, que geralmente a companhia dela vinha acompanhada da de minha irmã Eloise, o que não era de fato ruim, mas quando estávamos só ela e eu, era diferente, eu me sentia a vontade para falar de praticamente tudo, e infelizmente até das garotas com quem eu saía,  sem saber que ela tinha sentimentos por mim! Quantas vezes depois que ela se foi, eu me deparei pensando no quanto eu a tinha machucado sem saber, e aí eu me sentia desprezível. 

          Um dia, encontrei com minha irmã Daphne na sala, depois de vê-la se despedir com muito carinho de  seu noivo Simon. Naquele dia eu estava melancólico, pois na noite anterior havia bebido demais em um bar, com colegas, fiquei deprimido ao ouvir The blowers Daughter sendo tocada por um músico no local, e quando cheguei em casa, bêbado, acabei enviando a música para Penélope no Whatsapp, e ela não me respondera absolutamente nada. Pra piorar, eu  havia passado pelo óbito de uma criança no estágio de pediatria durante o dia, e senti falta de ter Penélope ali comigo, era um momento em que realmente ela me acolheria, mas eu não tinha ninguém. Então, ver aquela cena tão bonita entre minha irmã e meu cunhado, me deixou pensativo. Se Penélope tivesse ficado, se eu tivesse ao menos tirado um tempo para enxergar a pessoa incrível que estava à minha frente durante tanto tempo, quem sabe estaríamos assim também.

          Daphne e Simon haviam ficado juntos após se conhecerem na faculdade e decidirem fingir namorar. Ela queria fazer ciúmes para o ex-namorado e ele queria afugentar as mulheres pra poder focar nos estudos. Eles no início também eram apenas amigos, porém com o tempo, foram adquirindo sentimentos mais profundos e um dia deram-se conta de que era amor. Agora, estavam prestes a se casar e formar uma família. 

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