Os Ventos da Mudança

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Ao aterrissarem no chão com um estrondo alto, eles caminharam num silencio confortável até o castelo. Chegando em seu destino, Lucerys parou e Aemond repetiu o movimento ao notar seu sobrinho parar.

"Como ficamos nesse momento?" - Perguntou Lucerys com a voz baixa.

"Uma trégua talvez? É suficiente para você?" - Aemond respondeu.

"Sim... Aemond, eu realmente..." - Respondeu Lucerys suspirando baixo.

"Eu sei." - Falou Aemond numa concordância silenciosa.

"Eu ainda não te perdoei completamente. Mas talvez possamos fazer isso funcionar pelas nossas famílias." – Continuou Aemond.

"É tudo oque eu mais quero. Ser não o que éramos antes, mas sermos melhores. "– Falou Lucerys.

Aemond assentiu positivamente e então os meninos entraram no castelo escondidos. Foram primeiro aos aposentos de Lucerys, mas os guardas voltaram as suas posições e tiveram que se esconder. Aemond então o puxou em direção oposta, para seu próprio aposento. O guarda juramentado de Aemond viu os dois garotos juntos e Lucerys jurou que viu ele segurando a respiração.

"Meus...Príncipes?" – Respondeu Sor Errick.

"Meu sobrinho passara a noite em meus aposentos. Estamos numa trégua. Não incomode meus pais ou os pais dele." – Falou Aemond soando como um adulto.

"Sim, meu príncipe." - Respondeu o guarda ainda confuso.

Os garotos então entraram nos aposentos de Aemond. Era bem parecido com os aposentos de Lucerys, pensou.

"O que você está pensando?" - Perguntou Aemond.

"Nossos quartos são parecidos. Além disso, estou pensando na cara de nossos pais quando souberem que demos uma trégua, depois de todo acontecido." – Falou Lucerys.

"Espero que eles vejam com bons olhos. Eu sei que o rei verá" – Disse Aemond não chamando Viserys de pai, mas sim de rei. Ele fazia muito isso.

"Certamente. Eu sei que meu avô só quer paz entre nossas famílias e é oque eu mais desejo no fundo do meu coração." – Disse Lucerys.

Aemond o fitou por um momento e então teve que olhar para o lado, abaixando seus ombros e então falou "Eu esperava que Jacaerys arrancasse meu olho, Baela, Maegor e até mesmo Aegon, mas nunca pensei que você pudesse ser capaz disso."

Luke o olhou tristemente já com lagrimas em seu rosto. Não sabia oque dizer diante dessas palavras de seu tio. Provavelmente são as palavras mais sinceras que ele já ouviu o outro garoto dizer.

Lucerys então foi em sua direção, o abraçou tão forte e chorou baixinho dizendo várias vezes "me desculpe" em meio a soluços. De inicio Aemond não respondeu ao abraço, mas não afastou o garoto, até que ele então suspirou e o envolveu. Lucerys sentiu lagrimas de seu tio caindo nele e um gemido de dor vindo de seu tio. Mas quando ele foi se afastar para que pudesse ver, seu tio não deixou. O manteve ali abraçado a ele.

"Vamos dormir." - Disse Aemond finalmente.

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Ao acordar, notou vozes exaltadas pelo corredor e aos poucos foi recordando a consciência de tudo o que aconteceu no dia anterior.

"Aemond! Precisamos acordar..." – Falou Lucerys chamando a atenção de seu tio.

"Onde está meu filho?" Ouviu a voz de sua mãe ao longe.

"Eu não estou com seu filho!" – Respondeu defensivamente o que parecia ser Alicent.

Fire, Blood And DeathOnde histórias criam vida. Descubra agora