Em porto real.
Karah estava se dirigindo a cidade, para comprar algumas coisas que precisava para os remédios e chás do rei. Ainda não havia amanhecia, era muito cedo, mas queria que tudo estivesse pronto quando o rei acordasse logo mais. Uma mulher andando sozinha pela baixada das pulgas nunca é seguro, mas ainda não era a hora dos adultos brincarem como animais.
Karah notava como as pessoas a olhavam estranhamente, suas características não eram o comum de Westeros, ainda mais em um continente tão conservador. Uma mulher de cor e coberta por tatuagens andando livremente, deixaria as pessoas no mínimo curiosas, mas nenhum havia feito nenhum mal a ela até esse momento.
De repente Karah parou, sentiu um aperto em seu coração, olhou para seu colar e ele pareceu esquentar sobre seu busto. Sua caminhada nestas terras estava chegando próxima do fim, sua jornada estava completa, era hora de descansar nas terras do sempre verão. Apertou seu colar com forca e a perda feita de rubi desapareceu, ficando apenas uma mancha vermelha e fumaça que evaporava.
Karah mandou o recada para Catherine, espera que ela a receba o mais rápido possível, é preciso informar Lucerys. Os próximos meses serão tempestuosos, mas o sonho do verão se torna cada vez mais claro no fim do caminho. Karah ouviu os passos ao entrar em um beco que dava para um canal que levava a Blackwater, ela sabia que a aranha tinha oito patas e se espreitava na escuridão, sentiu um golpe em sua nuca e sua visão ficou escura.
Quando Karah acordou, estava sentada em uma cadeira em uma espécie de quarto escuro, apenas com algumas tochas bem posicionadas, rodeada por homens que claramente não eram guardas ou soldados da patrulha da cidade.
"Que bom que acordou, achei que tinham pegado pesado demais com você." – Ouviu a voz de um homem que se escondia nas sombras.
"Revele-se homem das trevas." – Desse Karah.
"Não tenho o que revelar... as trevas sempre foram onde eu pertenço e é para onde irei manda-la." – Disse o homem, sua voz não era estranha.
"Então porque não o fez ainda?" – Questionou Karah.
"Preciso de um livro... um livro e uma espada, que há anos atrás estava com vocês, sacerdotisas vermelhas, você deve saber do que eu falo..." – Respondeu o homem.
"Tanto tempo... e apenas agora você se designou a solicitar esses objetos..." – Disse Karah
"Não são para mim..., mas não importa para quem são... diga-me e te darei uma morte rápida..." – Disse o homem.
"Acha que eu tenho medo da morte? O medo do inevitável é para apenas os que ojeriza o destino..." – Respondeu Karah
"Você irá suplicar pela morte quando eu começar a arrancar cada dedo seu, um por um..." – Ameaçou o homem
"A dor e o sofrimento geram espetáculo, geram tragédia. Os seres mais pequenos sentem prazer na dor do outro, como uma aranha capaz de derrubar um cavalo apenas para que possa parar seus movimentos, mas sem anestesia-los e depois mata-los ainda vivos." – Respondeu Karah
"Um belo discurso para quem estar próximo da morte..." – Disse o homem.
"Já deveria começara escrever o seu, Lorde Strong... agora que eu revelei seu segredo, deixe-me revelar o meu... deseja saber o motivo real de tudo...? Deseja respostas? Retire o meu colar e as encontrará." – Disse Karah.
O homem nas trevas fez um sinal para que um dos outros se aproximasse para que fizesse o que Karah disse. O homem então se aproximou receoso, sem fazer barulho e então com toda a força arrancou o colar de Karah, mas nada aconteceu inicialmente.
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Fire, Blood And Death
General FictionE se o segundo filho da Princesa Rhaenyra Targaryen e de Laenor Velaryon, fosse na verdade seu único filho legitimo? E se uma trama estivesse sendo traçada desde antes do nascimento do príncipe Lucerys Velaryon? O que isso mudaria na trajetória da d...