A Garganta do Diabo

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A viagem até Porto Real foi emocionante para ambos, Viserys contava histórias de suas aventuras com Balerion. Seu avô parecia sentir falta disso, do vento acima das nuvens, do voo gracioso de um dragão experiente como Vermithor.

Porto Real se avistava a frente, enquanto o dragão do velho rei voava pela cidade, algumas pessoas paravam para observar o dragão que já não viam a muito tempo. Lucerys viu quando vários avôs ou Avós apontavam para cima, para que seus parentes observassem o dragão e pareciam esclarecer quem era o dragão.

Ao chegarem próximo a fortaleza vermelha, Lucerys procurou um lugar adequado para aterrissar junto com seu avô. O terreno aberto ao lado do pátio de treinamento parecia adequado para ambos e com isso eles começaram a descer. Com cuidado os dois rapazes desceram do dragão. Alguns guardas já estavam se dirigindo para o local, ele viu quando sua tia Haelena apareceu e foi em direção deles sorrindo.

"Como você está se sentindo, vovô?" – Perguntou Lucerys.

"Perfeitamente bem!" – Disse Viserys sorrindo para seu neto.

"LUKE!" – Disse sua tia antes de lhe dar um abraço apertado e os dois estavam rindo pela reação dela. Parece que ela não se incomodou com sua nova aparência ou pareceu se quer duvidar de que seria ele.

"O mar te fez bem, você cresceu como um dragão marinho" – Disse sua tia o fazendo corar.

"Você continua ainda mais bela, tia." – Elogiou de volta Lucerys.

"Você pretende ficar?" – Perguntou Haelena.

"Infelizmente não, prometi que retornaria imediatamente assim deixasse o vovô aqui." - Respondeu Lucerys olhando de soslaio par seu avô que o deu uma piscadela.

"Onde estão Aegon e Aemond?" – Perguntou o rei.

"Eles estavam se preparando para ir no fosso dos dragões, mas já faz muito tempo, desde quando eu estava indo no jardim da fortaleza verme... Oh veja, eles estão vindo ali." – Disse sua tia apontando na direção de suas costas.

Quando Lucerys virou para encarar seus tios, viu que ambos estavam olhando confusos para ele. Como se estivessem tentando descobrir quem era a pessoa diante deles. O que fez Lucerys rir um pouco da situação.

"Olá Tio Aemond, Tio Aegon." – Disse Lucerys num tom divertido.

"Luke?" – Falou Aegon sem acreditar.

"Sou eu." – Disse Lucerys dando um meio sorriso.

"Como voc... O que acont..." – Aegon não conseguia finalizar nenhuma palavra.

"Lucerys, você não me falou sobre a sua mudança de aparência e nem o que você fez para isso acontecer." – Acusou Aemond.

"Eu não falei porque achei que seria mais fácil acreditar vendo do que falar em uma carta, tio." – Disse Lucerys para Aemond que pareceu concordar internamente, mas não iria dar o gostinho para Lucerys achar que estava certo.

"Como você fez isso? Como você saiu de um cabelo cacheado sem nenhuma característica valiriana para isso?" – Disse Aemond se aproximando cada vez mais.

"E esse dragão, é seu pai? Você domou um novo dragão?" – Perguntou Aegon.

"Esse dragão é Vermithor, a fúria de bronze. Ele é de Lucerys agora." - Explicou o rei para seus filhos, todo agora olhando impressionados com o fato de que Lucerys agora tinha dois dragões.

"Como isso é possível? Como você conseguiu ter dois dragões, sobrinho?" – Aemond foi mais rápido em perceber que Lucerys tinha dois dragões, um reivindicado e outro por nascença. Aquilo o deixou extasiado e confuso. Aemond agora já estava em cima de Lucerys, o pegou pelos ombros enquanto o examinava de cima a baixo, tocando em seu cabelo e em seu rosto.

Fire, Blood And DeathOnde histórias criam vida. Descubra agora