O Dragão do Rei

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"Caro, Lucerys Velaryon.

Faz tempo que não recebo suas cartas, espero que você não tenha esquecido de sua promessa enquanto estiver em Essos. Meu tempo na fortaleza vermelha tem sido cansativo, tive que começar novamente em tudo. Desde as mínimas coisas até o treinamento com arco e flechas e espadas. Tem sido desafiador viver com um único olho, mas sou um homem obstinado e gosto de desafios quando encontro um. Espero receber suas noticias em breve.

De seu tio,

Aemond Targaryen. "

Lucerys leu a carta de seu tio com um pouco de peso em seu coração, visto que o motivo dos desafios que seu tio estava enfrentando agora, eram por sua causa. Ele precisa escrever de volta.

"Caro, Tio Aemond

Meu tempo em Essos foi breve, mas foi prazeroso. Definitivamente é um continente esplendoroso, espero retornar o mais breve possível. Houveram alguns acontecimentos que nos forcaram a retornar para Westeros mais cedo que o planejado, mas estamos bem. A propósito, eu tenho um dragão! Ele é lindo, cor esverdeado, me lembra o mar. Ele é diferente da maioria dos dragões de nossa família, espero que você possa conhecê-lo logo. Temo que não possamos voar juntos, ele prefere água. Eu estou com saudades de Vhagar, espero voar junto com você novamente.

Com carinho,

Lucerys Velaryon."

Isso provavelmente deixaria seu tio curioso sobre seu dragão. Lucerys mandaria a carta o mais breve possível, não queria deixar seu tio irritado.

Seu dragão havia crescido um pouco, tinha um tamanho de um gato agora. Ele gostava de peixe. Gostava muito de peixe, um verdadeiro dragão marinho. Sua mãe está verificando a possibilidade de criar um reservatório dentro de pedra do dragão com água do mar até que ele seja grande o suficiente para que ele possa viver no mar.

Não é como se ele não pudesse ficar longe da água, mas ele percebeu que ele ficava bem mais à vontade em locais úmidos e que tenha água.

"Luke! Vovô está procurando você!" – Jacaerys o chamou.

Seu avô e sua vó estavam retornando para Derivamarca, mas disseram que retornariam para vê-lo, pediram a Rhaenyra que permita que seu neto os visite com mais frequência também. Havia se passado quase um mês e meio desde que eles haviam retornado para Pedra do Dragão. Lucerys notou um clima tenso entre seu pai e seu avô, não sabia se eles haviam discutido sobre algo mas iria descobrir logo mais.

Após de despedirem, Corlys e Rhaenys já estavam em Derivamarca.

"Daqui a duas semanas eu pretendo fazer uma viagem, esposa." – Declarou Corlys para Rhaenys.

"Nós acabamos de chegar, Corlys. Para onde você iria?" – Perguntou Rhaenys.

"Porto Real." – Falou Corlys.

"O que você pretende fazer lá, marido?" – Perguntou Rhaenys desconfiada.

"Preciso falar com Viserys. Ele já foi mantido no escuro por muito tempo, ele precisa saber o que aconteceu." – Respondeu a serpente marinha.

"Corlys... Seja lá o que você pretende fazer, não faca isso sem consultar nosso filho." – Avisou Rhaenys.

"Ele já sabe minha opinião, é de interesse do reino e é preciso para manter a paz." – Respondeu Corlys.

"Você fala como um obcecado. Seja coerente. Pense em Lucerys e em como ele irá reagir a trama que está fazendo contra seu irmão."

"E falarei com Lucerys. Meu neto me entenderá." – Disse Corlys.

Fire, Blood And DeathOnde histórias criam vida. Descubra agora