Ilha de Tarth
Os pescadores voltaram para o mar depois da tempestade avassaladora que passou por eles, talvez a mais barulhenta em muito tempo. Ariane preparava o café do marido antes que ele saísse para o mar novamente.
"Tem certeza que é um bom tempo para ir pescar, Rolland?" – Perguntou Ariane
"O mar já se acalmou, o momento é perfeito..." – Respondeu seu marido.
Ariane e Rolland eram um casal de velhos que vivam na ilha de Tarth desde seu nascimento, eles conheciam aquele lugar melhor do que ninguém. Cada pedaço da ilha, cada lugar que alaga ou não alaga durante a chuva, cada semente que cresce bem ali.
Eles tinham uma vida pacifica a muito tempo, desde a morte de seu filho ambos viviam em uma rotina razoável. Eles evitavam falar desse assunto, era uma ferida que nunca sarou e Ariane não conseguiu ter outro filho.
Depois de se despedir do marido, Ariane foi em direção aos mercadores, aguardou um dos vizinhos mais novos para que pudesse pegar uma carona em sua carroça, os mercadores ficavam próximos ao castelo de Tarth, chefiado por Lorde Selwyn Tarth.
A casa Tarth era uma casa vassala a casa Baratheon e Ariane e seu marido eram vassalos da casa Tarth. A família Tarth controla a ilha de Tarth, localizada no Mar Estreito, ao longo da costa leste das Terras da Tempestade. Sua sede é o castelo de Solar do Entardecer.
Chegando naquela região, Ariane ouviu os moradores bastantes agitados e muitas conversas aleatórias sobre dragões e guerra. Ariane não deu muita importância, ela e seu marido eram um casal de velhos que não poderiam fazer nada e tão pouco gostariam de se envolver com a coroa.
Ariane e seu marido não estavam exatamente tão alheios ao que estavam acontecendo atualmente, eles sabiam que o Rei Viserys nomeou sua filha Rhaenyra Targaryen como sua herdeira, mas seu meio irmão nasceu e então os lordes o querem porque ele é homem.
Ariane só queria ter todos os dias um prato em sua comida e isso já bastava, desde que seu único filho faleceu ainda jovem, os dias pareciam ser longos demais para ela e seu marido. Então para que mais guerra? Será que este país já não viu guerras e morte o suficiente?
A princesa Rhaenyra parece ser uma boa pessoa, mas se ela tinha um irmão homem era natural que ele fosse escolhido como rei. Ariane achou que teríamos uma rainha quando a Princesa Rhaenys esteve prestes a ascender ao trono, mas infelizmente foi seu primo em seu lugar.
Viserys, o primeiro de seu nome.
Então ela aceitou que assim que seriam as coisas.
'Ele perseguiu o dragão do Príncipe e o engoliu.' – Ouviu a voz de um vendedor falando com outro.
'Eu moro próximo da baía dos náufragos, eu vi quando o jovem príncipe estava fugindo, mas ele não tinha chances contra aquela besta.' – Ouviu outro comentar
'Ouvir dizer que ele foi como mensageiro de sua mãe, a princesa Rhaenyra, para ponta tempestade e lorde boros o expulsou, chamou a princesa de prostituta.' – Ouviu outro comentando.
Não importa se é na fortaleza vermelha, ponta tempestade ou na baixada das pulgas, os lordes desse reino conseguem ser tão baixos como um bêbado de rua. A guerra parecia inevitável, ou seja, mais tempos difíceis estão por vir. Escassez de alimentos parece ser um futuro certo, é melhor ela compra sementes de batatas e outros legumes se quiser sobreviver a esse período.
Depois de comprar tudo o que precisava e falar com outros conhecidos, Ariane esperou o jovem vizinho para leva-la até próximo de sua residência. O tempo havia ficado nublado novamente, nessa época é comum muitas tempestades durante o dia.
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Fire, Blood And Death
General FictionE se o segundo filho da Princesa Rhaenyra Targaryen e de Laenor Velaryon, fosse na verdade seu único filho legitimo? E se uma trama estivesse sendo traçada desde antes do nascimento do príncipe Lucerys Velaryon? O que isso mudaria na trajetória da d...