Aos poucos senti minha consciência voltando e com isso, vagarosamente abri meus olhos.
A quarto branco e bem iluminado em muito parecia um quarto de hospital, e era. Eu estava deitada sob a cama hospitalar sozinha e sem entender nada do que estava acontecendo ali. A última memória que tinha em minha mente era de Ben e Luna. E tudo voltou a tona novamente.
Até que que a porta do quarto se abriu e para minha surpresa e alegria Ben surgiu por ela, não foi um sonho, era real. Ben estava diante de mim, vivo.
Ele me encarou surpreso e logo seus olhos se encheram de lágrimas. Ele me reconheceu?! Pensei.
- Lavínia! - ele disse parecendo aliviado.
- Você voltou!Ben correu até mim e me abraçou forte, senti em seu abraço a saudade e o alívio por poder tê-lo novamente perto de mim.
- Você está vivo! - falei presa em seu abraço.
Ben me soltou.
- Sim, estou vivo! E você está bem, graças a Deus está bem, voltou para nós. Os médicos disseram que voltaria mas, não imaginei que fosse demorar tanto tempo assim! - ele dizia em meio as lágrimas.
- Ben, o que está acontecendo? Como assim eu voltei?! - perguntei confusa.
- Meu amor, depois daquela noite que ficamos juntos, enquanto estávamos indo encontrar Luna, sofremos um acidente de trânsito...
- Sim, eu me lembro disso! - o cortei.
- Nós dois ficamos internados por alguns dias, bom, eu fiquei por alguns dias... Você, ficou em coma, acordou agora!
Eu simplesmente não acreditava no que Ben me dizia.
- Eu fiquei sim em coma, mas, foi só por um mês, eu acordei, e quando acordei minha mãe disse que você havia morrido no acidente, depois que tive alta fui até o cemitério, vi sua cova, sua lápide, eu vi! Depois disso, nos encontramos em Londres, e... Eu desmaiei, acordei agora! Foi isso o que aconteceu, eu sei que foi!
- Lavínia, é muita coisa para você assimilar. Você precisa de tempo, vou chamar os médicos!
E ao dizer isso Ben se vai.
Sentada sob a cama do quarto, eu tentava entender o que de fato havia acontecido comigo.
Minutos depois os médicos que cuidavam se mim me convenceram. Eles junto com Ben me mostraram as fotos do acidente, Ben me mostrou também fotos de Luna indo me visitar, de Paloma, e até mesmo de minha mãe. Os médicos me explicaram que toda aquela realidade em que eu pensei que havia vivido foi tudo criado por meu cérebro, ele não entendia o que tinha acontecido comigo e havia criado uma realidade alternativa. Eu fiquei seis meses em coma, o tempo exato em que no meu subconsciente eu achava que Ben estava morto. Ben me fez acordar, ele me trouxe de volta a realidade.
- E Luna? - perguntei assim que os médicos saíram do quarto.
- Ela está bem! Sua mãe e Paloma me ajuda muito com ela. - ele diz.
- Ela sabe sobre você?!
- Sim! Precisei contar a verdade a ela junto com Paloma e dona Helena, nós tínhamos medo de que você... Luna precisava saber que não estava sozinha.
- Fez o que era certo, obrigada Ben!
Ele sorrio.
- Eu tive medo, Lavínia! Medo de te perder, medo de ficar sozinho sem você, medo de Lima crescer sem a mãe! - ele admitiu.
Foi naquele momento que percebi, eu também tive esses medos quando pensei que Ben estava morto. Ben me abraçou mais uma vez e naquele momento agradeci aos céus por ter minha vida de volta.
Dias depois...
Depois que recebi alta voltei para casa na companhia de Ben e de Luna. Desde o acidente minha mãe havia vindo morar comigo, Paloma sempre que podia passava para me ver, mas durante o tempo que fiquei acordada no hospital não vi minha mãe.
- Mamãe! - Luna disse animada aoe ver adentrar pela a porta do apartamento onde moravamos.
- Minha princesa! - falei ao me abaixar e a abraçar.
- Você já melhorou? - ela perguntou olhando em meus olhos.
- Já sim meu amor! Estou bem. - garanti.
Luna sorrio.
- Lavínia, minha filha! - minha mãe disse ao me olhar.
- Não sabe o quanto eu estou feliz em lhe ver! - ela parecia diferente.Fiz que sim apenas.
- Luna! Vem com o papai, vamos pegar aqueles desenhos que você fez pra mamãe! - Ben disse ao esticar o braço para a filha.
- Vamos papai! - Luna disse ao pegar em seu braço.
Ver os dois juntos, ouvir ela o chamando de pai, era tudo o que eu queria. E assim eles se foram.
- Lavínia, minha filha! Me perdoe! - minha mãe disse com os olhos cheios de lágrimas.
Diante de mim vi minha mãe de um jeito que eu não havia visto antes, ela chorava muito, se desmanchava diante de mim. Me aproximei dela e abracei. Presa em meus braços minha mãe chorou mais ainda.
- Eu tive tanto medo de te perder minha filha! Tive tanto medo! - ela dizia enquanto chorava e me abraçava.
- Me perdoe por tudo, por favor! - ela implorava.- Eu perdoou mamãe, não se preocupe mais com isso! - falei a abraçando.
- Eu quero que você seja feliz, que seja feliz com sua família! - ela diz ao sair do meu abraço.
- Eu sou feliz, e vou ser mais feliz ainda se a senhora fizer parte da minha família. Obrigada por ajudar Ben a cuidar de Luna, obrigada por ajudar ele com tudo por aqui! Eu ainda não sei de muitas coisas mas sei que a senhora tem sido de grande ajuda para ele durante esses meses,. obrigada!
- No que depender de mim, eu não vou mais virar as costas para você, minha filha! Nunca mais! - ela garantiu.
E assim, em clima de paz nos abraçamos mais uma vez.
CZYTASZ
Luna
RomanceEla é a filha da empregada Ele é o filho do patrão Eles se separam, ela engravida. O tempo passa e nada e como antes.