Meu tipo de cara - Hinata Shouyou - pt. 2

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Vir para o Brasil certamente foi a melhor coisa que me aconteceu. Não digo isso da boca para fora, esse era um sentimento real. Jogar vôlei de praia mudou minha perspectiva sobre o esporte e me fez crescer como jogador, conhecer um outro país foi uma oportunidade incrível, principalmente pelo Brasil ser uma das melhores seleções de vôlei do mundo.

Me relacionar sentimentalmente com uma pessoa que não estava nos meus planos, a ideia sequer passou pela minha mente, mas foi inevitável não me apaixonar por [nome] desde o momento em que a conheci. Ela era sem sombra de dúvidas, uma das pessoas mais incríveis que tive a oportunidade de conhecer, seu jeitinho brasileiro, atencioso e leal me conquistou sem nem ao menos perceber. Nesses dois anos que passamos juntos, ela me ensinou a ser uma pessoa melhor, e não era exagero ao dizer que eu a amava.

Amava profundamente, a ponto de fazer meu coração disparar no peito ao ouvir a voz dela, da imagem de seu cabelo bagunçado e carinha de sono pela manhã se tornarem minha visão favorita do dia, de seus beijos quentes terem o poder de me acalmar ao mesmo tempo que me levam à loucura. [Nome] era o amor da minha vida.

Saber que meus sentimentos eram correspondidos era o motivo da minha felicidade diária, e o melhor momento de todos era receber seu sorriso lindo estampado nos lábios pequenos ao me ver. Perdido em meus pensamentos, sou despertado para realidade com o cachorro irritante da vizinha que começou a latir histericamente, um alerta de que alguém estava andando pelos corredores. O som das chaves na maçaneta se fez presente e soube que era ela.

— Tadaima — ela falou alto da entrada.

Abandonei momentaneamente a faca sobre o balcão caminhando para a sala.

— Okaeri, [nome]. Como sabia que eu estava aqui? — perguntei ao me aproximar.

Ela sorriu assim que seus olhos cairam sobre mim. Droga, como eu amava aquele sorriso.

— Boa noite, amor. Seus sapatos estão na porta — respondeu com simplicidade.

— Ah, faz sentido — respondi aceitando o beijo que ela me ofereceu. — Como foi a aula?

— Muitas fórmulas novas. E agora teremos que montar um projeto em grupo, acho que vai dar certo.

— Com certeza vai, você é a melhor de todas — afirmei convicto.

— Você me superestima. — Minha garota deixou um sorriso tímido surgir nos lábios, mesmo sabendo que minha frase é verdadeira.

— Eu só falo o que vejo. — Beijei-a novamente. — Você é super inteligente e dedicada.

— Eu meio que preciso ser, se não é impossível resistir à Engenharia da computação na UFF.

— Por isso rafirmo, você é foda. — Usei a melhor expressão em português que conhecia.

— Eu amo você, japinha. — [Nome] tornou a me beijar, dessa vez se prolongando um pouco mais, e inevitavelmente senti uma pequena dor surgir no peito, apertando meu coração.

— Eu amo você, otaquinha. — Colei minha testa a sua.

— Estou achando essa casa muito quieta, cadê a louca da Lê? — perguntou sobre sua colega de apartamento.

— Parece que ela foi viajar para a casa dos pais dela. Alguma coisa assim. Tem um bilhete no seu quarto.

— Certo. Aquela vaca podia me mandar um audio, mas preferiu deixar a porra de um bilhete. Vai entender.

— Vocês duas são uma comédia. — Mesmo convivendo tanto tempo com elas, eu não conseguia entender o porque elas se xingavam tanto. Era uma demonstração de afeto sem sentido. — Amor, vai tomar um banho e troca de roupa, estou fazendo hiyashi somem* para nós.

Livro de Imagines HaikyuuOnde histórias criam vida. Descubra agora