The shipwreck

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Senti a luz do sol filtrando-se pelas minhas pálpebras, aquecendo meu rosto como um cobertor de verão

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Senti a luz do sol filtrando-se pelas minhas pálpebras, aquecendo meu rosto como um cobertor de verão. O balanço suave do bote me lembrou que não estava na minha cama. Com esforço, abri os olhos, mas o brilho ofuscante do sol fez com que eu os fechasse de novo.

Quando finalmente consegui me acostumar à luz, a cena à minha frente era desoladora. Água, por todos os lados, e nada mais. Meu coração disparou, e a lembrança da noite anterior invadiu minha mente como um filme em alta velocidade. Sentei-me devagar, a cabeça rodando e a boca seca como papel. Um gosto salgado e amargo estava presente em meus lábios.
As ondas balançavam suavemente o pequeno bote, enquanto o sol da manhã penetrava as nuvens dispersas, iluminando o oceano vasto e indomável.

Por um momento, pensei que estava no paraíso, flutuando em águas cristalinas, cercada por palmeiras e o som suave de ondas. Até que eu vi Noah.

Ele estava ali, ao meu lado, com seus cabelos bagunçados e uma expressão preocupada. Naquele instante, a ideia de que eu poderia ter morrido passou pela minha cabeça, mas a presença dele me trouxe de volta à realidade.

— Não, definitivamente não estou no céu — murmurei, lembrando que Noah nunca entraria na fila para o paraíso. Ele desceria de tobogã pro inferno, sem dúvida.

Flashback:

Um grito. O barulho de sirenes. O desespero tomou conta quando a guarda costeira chegou, prontos para intervir. Noah, em um impulso, começou a remar, desesperado para não ser preso. Mas com o vento e as águas turbulentas, nos separamos do iate, e a última visão que tive dele foi sua silhueta desaparecendo nas ondas.

Fim do Flashback.

Agora, aqui estava eu, acordando no meio do nada, cercada apenas por água azul e Noah.

— Sina. — Sua voz era um misto de alívio e pânico. — Você não morreu. Graças a Deus. — Colocou a mão no peito.

Olhei para ele, para aqueles olhos verdes que pareciam brilhar sob o sol.

— O que estamos fazendo aqui? — Minha voz saiu trêmula. — Onde está o iate?

— Você caiu. — Ele falou devagar, como se tentasse me fazer entender. — Ontem, você caiu do iate e eu fui te resgatar, não lembra?

A verdade era clara: estávamos sozinhos no meio do oceano, sem ninguém por perto. Meu coração disparou, as lembranças ainda estavam misturadas com a confusão e o medo.

— Precisamos ir embora daqui. O Professor James deve estar nos esperando no hotel.

— Sobre isso... — Ele passou a mão pelos cabelos, e eu sabia que ele não tinha boas notícias.

— Não me diga que não temos como sair daqui? — A desesperança ameaçou me engolir.

— O que você acha? — Ele disse, e a frustração subiu.

𝗔 𝗟𝗔𝗚𝗢𝗔 𝗔𝗭𝗨𝗟 - 𝑵𝒐𝒂𝒓𝒕 Onde histórias criam vida. Descubra agora