There's nothing wrong with that.

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Não consigo acreditar que estou dentro de uma van, a caminho de um iate

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Não consigo acreditar que estou dentro de uma van, a caminho de um iate. O que deu em mim? Como deixei que a opinião dos outros me influenciasse? Era pra eu estar em casa, lendo "O Século dos Cirurgiões", não fugindo para uma festa no meio da noite. Olha só, Sina Deinert, você se igualou a Noah e seus amigos, AGINDO COMO UMA IDIOTA.

— Eu quero voltar para o hotel. — murmurei para Saby, minha voz quase desaparecendo.

Ela me lançou um olhar incrédulo, como se eu estivesse sugerindo algo absurdo.

— A gente já está quase lá! Não vai amarelar agora, né? — O jeito como me olhou parecia dizer que eu era a única com essa ideia maluca.

— Amarelar? — arfei, um pouco irritada. — Eu já amarelei quando aceitei vir! — Deitei a cabeça no encosto da poltrona, bufando.

Os meninos alugaram a van, e a presença de Noah dirigindo me deixava nervosa. Já estava imaginando os jornais: "Jovens imprudentes fogem do hotel para um iate de um desconhecido." O que eu estou fazendo aqui?

— Você vai gostar, Sina — Joalin disse, um sorriso travesso no rosto. — Pode ter uns caras interessantes...

— NÃO! — minha voz ecoou, soando como um alarme. Namorar? A última coisa que eu precisava era de complicações amorosas.

— Relaxa, Sina — Kristian, o amigo japonês de Noah, me olhou com encorajamento. — Vai ser legal!

Noah estava atrás do volante, completamente absorto na estrada à sua frente. Ele dirigia com uma concentração intensa, os olhos fixos na pista como se cada milímetro dela exigisse sua total atenção.

Era raro vê-lo assim; normalmente, Noah era o tipo de pessoa que sempre tinha algo a dizer, uma piada pronta ou uma observação afiada. Mas agora, ele parecia desligado do mundo, como se estivesse em um transe. A expressão no rosto dele era séria, quase distante.

Eu o observei por um momento, intrigada. Era como se estivesse em um espaço entre nós e o resto da realidade, imerso em sua própria mente. Havia algo hipnotizante em sua postura; o jeito que suas mãos firmes seguravam o volante e como ele respirava de maneira controlada, cada expiração soando como uma meditação silenciosa.

Esse lado dele me deixava inquieta. O que ele estava pensando?

— Ela quer voltar, não quer ir — Saby declarou, como se fosse uma declaração de guerra.

"Valeu, Sabina, da próxima vez, compra um alto-falante" — pensei, mas me mantive em silêncio.

— Ei, Sina, vai ser incrível! — Bailey exclamou, como se isso fosse a solução para tudo.

— É amiga — Sofya sorriu, sua voz doce. — Posso te chamar assim, né?

Meu coração deu um leve salto. Era um pequeno passo, mas parecia muito.

𝗔 𝗟𝗔𝗚𝗢𝗔 𝗔𝗭𝗨𝗟 - 𝑵𝒐𝒂𝒓𝒕 Onde histórias criam vida. Descubra agora