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Eu finalmente consegui dormir

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Eu finalmente consegui dormir. A primeira noite na ilha, depois de tanto tempo sem fechar os olhos direito, e finalmente o cansaço venceu. Eu não sei quanto tempo passei ali, entre os sons do mar e o calor da noite, mas o sono me pegou de jeito. E agora, acordo com a sensação de que algo está errado. O céu ainda está com aquela luz suave, mas o silêncio… o silêncio é estranho. Como se o mundo estivesse fora de sintonia. Algo não está certo. Eu abro os olhos, o coração começando a bater mais rápido sem motivo aparente, e logo percebo.

Ele não está aqui.

O lado da cama onde Noah deveria estar está vazio, sem a sombra do seu corpo. A cama improvisada de folhas e galhos está perfeitamente arrumada — ou melhor, desarrumada de um jeito que não faz sentido. Como se ele tivesse se levantado de repente, sem um aviso. Meu estômago dá um nó, mas eu me esforço para não me preocupar. Não vou me preocupar com isso. Não é como se eu me importasse.

Eu me sento na cama, atordoada, tentando processar. Onde ele foi? O que ele fez? Não, eu não vou pensar nisso. Só estou… confusa. Isso é tudo. Não é nada grave. Ele deve estar lá fora.

Eu respiro fundo e, tentando disfarçar o pânico que começa a subir, me levanto da cama. Minhas pernas vacilam por um segundo, a sensação de ter dormido demais me deixando tonta, mas logo tomo controle de mim mesma. Forço-me a caminhar até a entrada da pequena casa de madeira e folhas.

Saio da casa e a brisa fria bate no meu rosto. A praia está silenciosa, tão silenciosa que quase dói. Nenhum som das ondas. Nada. Só o vazio. O vento começa a bagunçar meu cabelo enquanto meus pés afundam na areia úmida, e eu não consigo evitar. A preocupação começa a me engolir, mas me recuso a admitir isso. Eu não me importo com ele. Eu só… preciso encontrá-lo. Só isso.

Giro para o lado esquerdo, depois para o direito, com os olhos correndo pela praia deserta, tentando encontrar qualquer sinal dele. Onde ele está? Não pode ter ido muito longe.

Eu respiro fundo, tentando manter a calma. Não é como se eu estivesse desesperada para encontrar Noah. Eu só… não gosto da ideia de estar sozinha aqui.

— Noah! — Grito, meio sem vontade, mais pela necessidade de confirmar que ele ainda está por aí, do que por qualquer outra coisa. Nenhuma resposta. Ótimo.

Então, meu cérebro começa a rodar. E se alguém o pegou? E se algum dos canibais que vimos decidiu que ele seria uma boa refeição? Não, não. Eu respiro fundo. Não posso deixar que minha mente vá para esse lado.

Eu preciso encontrá-lo. Não porque eu goste dele. Mas porque se ele estiver em apuros, eu não posso ficar aqui, esperando, sem fazer nada. Mesmo que a ideia de ter que ir atrás dele me irrite profundamente.

— Noah! — Grito mais uma vez, dessa vez com mais raiva, como se de alguma forma ele fosse me responder de volta. Como se ele não estivesse me deixando enlouquecer.

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⏰ Última atualização: 3 days ago ⏰

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𝗔 𝗟𝗔𝗚𝗢𝗔 𝗔𝗭𝗨𝗟 - 𝑵𝒐𝒂𝒓𝒕 Onde histórias criam vida. Descubra agora