Parte 01

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Ajeitei os cabelos pela milésima vez diante do portão gigantesco. Toquei a campainha novamente, desta vez mais ansioso pela espera.

- Pode entrar, Átila! - disse Amanda destravando a porta pelo interfone, que era equipado com câmera de segurança.

Felizmente fui atendido por ela, pois era a primeira vez que eu visitava sua casa. E como a ocasião era para conhecer os seus pais, eu preferiria não ter que me apresentar a meus sogros por meio da voz eletrônica do interfone.

Eu e Amanda éramos colegas de sala desde o início do Ensino Médio e agora estávamos no último ano. Começamos a namorar logo no princípio do período letivo, pois já tínhamos ficado algumas vezes no final do ano anterior. E era chegado o momento de dar mais um passo na relação, conhecendo "oficialmente" os nossos pais. Ela conheceu os meus duas semanas antes, e agora era a minha vez.

Eles me receberam na sala com muita cortesia. Era um casal muito distinto e simpático. Apesar de essa situação costumar ser um pouco tensa para o namorado "intruso", creio que nos entendemos muito bem desde o princípio.

Amanda tinha um irmão mais novo, que naquele instante estava na piscina e não se deu conta da minha chegada. Então fomos os quatro até ele.

– Gui, vem conhecer meu namorado.

Ele saiu da água, ajeitou a sunga vermelha e sacudiu os cabelos com as mãos. Não consegui deixar de reconhecer que se tratava de um jovem muito bem apessoado. Era dono de uma beleza que não poderia passar despercebida nem para o mais machista dos homens. De fato, sua exuberância chamou minha atenção e reparei bem nele enquanto saía da água e vinha ao meu encontro. Fisicamente, já estava bem desenvolvido para sua pouca idade: magro, mas corpulento, com ombros largos, pernas grossas e corpo bem definido. Já possuía uma estatura considerável, apenas um pouco mais baixo que eu, o que calculei na época em cerca de 1,80 m. Pegou uma toalha no encosto da cadeira e veio na minha direção com um sorriso caloroso:

– Prazer... Guilherme! – cumprimentou ele, estendendo-me a mão, enquanto se enxugava com a toalha.

– Oi, Guilherme! Eu sou Átila! Tudo bem?

– Tudo bem, Átila. Ouvi muito falar de você - nos cumprimentamos com um aperto firme de mãos.

– Com certeza ouviu só coisas boas sobre mim, né? – brinquei sorrindo, enquanto retirava com o dedo indicador o suor da minha testa, debaixo daquele sol escaldante.

– Tá muito calor, não quer dar um mergulho? – ofereceu gentilmente o garoto.

– Bem que eu gostaria, mas não trouxe roupa de banho – recusei com certo pesar, pois a água parecia muito convidativa.

– Talvez alguma sunga de Gui sirva em você – ponderou Amanda – Vocês são quase do mesmo tamanho...

Antes que eu recusasse de novo, Gui se adiantou:

– Vamo lá dentro, Átila! A gente deve achar alguma coisa pra você usar.

Eu acompanhei Guilherme até seu quarto. Enquanto atravessávamos a grande casa, eu caminhava atrás dele, e me peguei de novo examinando sua notável forma física. "Deve fazer muito sucesso com as meninas!", refleti. Ri de mim mesmo ao constatar como sua bunda era perfeitamente bem formada.

A sua suíte era bastante arrumada para um adolescente – o meu próprio quarto, apesar de organizado, não possuía o mesmo esmero. E a decoração revelava seus interesses: um violão, um telescópio, uma ampulheta grande, um globo terrestre e uma estante repleta de livros, filmes e HQs. Não deixei de perceber gostos tão semelhantes aos meus.

O Cunhado (conto gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora