Acordei antes de Guilherme e dei uma volta pela fazenda. Ao retornar, já estavam todos acordados na casa, menos Gui. Pediram que eu o chamasse para tomar o café da manhã.
Quando entrei no quarto, ele começou a acordar e a espreguiçar.
- Levanta, Gui, tão chamando pra tomar café.
Eu me sentei na cama ao lado dele com o celular e fiquei esperando. Mas ele demorou e não se levantou, então virou-se para mim e disse:
- Não precisa me esperar, Átila, pode ir na frente...
- Deixa de preguiça, rapaz, levanta! - falei, ao mesmo tempo em que puxava o lençol.
Ele segurou o lençol com força, me impedindo de ver algo. Percebi que ele estava ocultando uma ereção matinal, por isso a demora em se levantar. Aí brinquei com ele:
- Não quer levantar porque tá de pau duro, né? Seu pau acordou antes de você, não foi?
Ele riu, mas meio sem graça.
- Não se preocupa com isso não, cara. Todo homem acorda assim... E não vai amolecer antes que você levante e dê uma mijada.
Eu poderia ter saído do quarto para deixá-lo à vontade, mas eu não perderia aquela cena e fiquei fingindo que estava olhado só o celular. Ele se sentou na lateral da cama, ainda enrolado no lençol, deu uma ajeitada na rola e levantou só de cueca indo em direção ao banheiro. Quando ele passou, eu me inclinei e flagrei a barraca armada.
- Ah, você não disse que seu pau era pequeno, mentiroso? Escondendo o jogo, né?
Esboçando um sorriso, ele colocou a mão para cobrir o cacete duro, e parecia ao mesmo tempo embaraçado e feliz com o comentário.
Pude ouvir do quarto o barulho do jato de urina atingindo forte a água do vaso. A bexiga parecia não esvaziar nunca. Depois que ele terminou de se arrumar, fomos comer e aproveitar a fazenda.
Foi um dia muito agradável, com passeio a cavalo pelo extenso e variado pomar. Infelizmente, Amanda acabou torcendo o pé ao tentar me acompanhar na subida de uma de árvore.
Não pareceu nada sério, mas, mesmo assim, Amanda passou a mancar um pouco. Ofereci para levá-la nas costas, mas ela disse que não era para tanto. Nesse momento, começou a chover, então voltamos imediatamente. Quando pisamos os pés na casa, a chuva tinha se tornado intensa e não dava a impressão de que iria embora tão cedo. De fato, só estiou no início da noite, e, por isso, passamos o restante do dia na sede da fazenda, jogando baralho e jogos de tabuleiro.
Nos jogos em que era possível a parceria, eu formava uma dupla imbatível com Amanda e ganhávamos seguidas vezes. Mas quando jogava cada um por si, era muito visível que eu e Gui nos protegíamos mutuamente.
- Você sempre defende ele, Guilherme, assim não dá! - indignou-se Amanda a certa altura.
- E Átila protege Guilherme também, os dois fazem um cartel - completou sua mãe, realizando um diagnóstico preciso da situação. Culpados!
Nos recolhemos ao quarto no fim da noite. Não havendo mais nada para fazer, deitamos para conversar até dormir. Como de costume, ficamos só de cueca e nos cobrimos cada qual com um lençol. A luz interna estava apagada, mas a partir dos vitrores do topo das janelas penetrava uma grande iluminação da Lua cheia, pois as portinholas ainda estavam abertas. Deitados na cama lado a lado, começamos a conversar. Inicialmente, sobre amenidades e depois sobre coisas mais pessoais.
Ele se abriu comigo com facilidade e sem inibições, pois nossa relação era de muita confiança. Embora nossos papos sempre tenham sido bem abertos, dessa vez o rumo da conversa me fez sentir uma proximidade e uma ligação maiores entre nós, além até do que já havia.
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O Cunhado (conto gay)
Povídky🔞 Trata-se de um conto sobre dois rapazes que se veem num triângulo amoroso inesperado, em que o narrador se apaixona pelo irmão de sua namorada. Embora tenha forte apelo sexual, a história é eminentemente romântica e, com certeza, vai agradar àque...