Será que?... - SP x RJ

ONE SHOT

Enquanto Brasil puxava Rio de Janeiro para longe de São Paulo, Minas Gerais o agarrava para que parasse de avançar no carioca.

— Olha aqui seu cuzão, me devolve essa merda!

— Calma estressadinho, pede com jeitinho que eu devolvo. — Respondeu RJ para SP.

— VAI SE FODER!!!

— Rio, por favor, devolva logo para ele! — Minas implorava, já que não aguentava mais segurar SP se debatendo.

RJ revirou os olhos e deu uma risadinha de canto, logo enfiando a mão no bolso traseiro e devolvendo o maço de cigarro para Sampa, que pegou com certa violência.

Assim que MG o soltou, o Paulista andou até o loiro e agarrou a gola de sua regata, o puxando para perto e deixando a boca próxima de seu ouvido para sussurrar.

— A próxima vez que 'cê me estressar, não vai ter Minas nem Brasil para me segurar. Estou por aqui com você já.

Brasil e MG observavam a cena e vez ou outra trocavam olharem como quem pensava "não vai demorar muito para separarmos outra briga"

Sampa soltou com agressividade a gola de Rio, virando de costas e andando rapidamente antes que pudesse se estressar de novo assim que percebeu o carioca rindo.

— Você provoca o Paulo assim por que tem tesão nele? Pode me contar, relaxa! — Brasil questionou RJ, chegando perto dele para conversar logo após a saída de SP e MG do ambiente.

— Porra, tá maluco? Tu acha que sou igual você Brasil?

Brasil deu uma risada alta, tinha quase certeza que o carioca sentia algo pelo paulista e não queria admitir.

— Ok então, você quem sabe... Eu também dizia isso do Argentina.

Brasil deu dois tapinhas fracos no ombro de RJ antes de se virar e ir embora do cômodo, deixando o loiro ali sozinho. Rio por alguns segundos ficou totalmente reflexivo e calado, pensando nas falas de Brasil, questionando realmente porque ele provocava tanto São Paulo, pensando em São Paulo...

— Será que?... — pensou sozinho.

•

Sampa estava sozinho na cozinha esperando o café ficar pronto, de costas apoiando as mãos no balcão de mármore. Fixou o olhar na porta assim que a mesma abriu e observou Rio adentrar o cômodo. Revirou os olhos assim que viu o rapaz, mas não disse nada.

— Está fazendo café?

Não obteve resposta.

— Vai me ignorar?

Novamente.

O carioca se aproximou de Paulo, apoiando também suas mãos no balcão, fazendo com que ficassem perto, até demais.

— Que porra é essa? O que 'cê tá fazendo? — Questionou SP com os olhos arregalados.

— Estou te perguntando e estou esperando sua resposta.

— E precisa ficar assim tão perto de mim? Sai fora! Você já me estressou o suficiente hoje.

— Ah é estressei? Que dózinha poxa! — RJ olhava para o garoto, fingindo choro, mas logo sorriu — Quer se acalmar?

São Paulo novamente não o respondeu. Apenas deixou o cômodo com certa pressa, com tanta pressa que esqueceu totalmente de seu café que já estava pronto.