capítulo 45

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Estou deitada de braços abertos, com minha médica, e mais 5 pessoas da equipe e o meu marido.

Pedro tá nervoso, ele tem medo de que algo aconteça e ele saia sem uma de nós duas. Ele nem queria ver meu parto, até os 8 meses ele dizia que a mãe dele quem iria me acompanhar e ele iria esperar lá fora.

Mas conversei, chorei, briguei, me emburrei e ele dormiu no quarto de baixo por uns bons 12 a 15 dias. Até que desistiu e disse que estaria aqui comigo segurando minha mão.

E é como ele está agora mesmo.. uma mão segurando a minha mão esquerda, e a outra alisando meu rosto. Estou nervosa e chorando muito.

Sinto o cheiro de carne queimada, e escuto os médicos conversando amenidades, mas nem me importo com isso, só quero que termine logo e possa ver minha filha.

Até que sinto um pequeno repuxar na minha barriga, e ouço um pequeno choro. Os olhos de Pedro enchem de lágrimas.

Dra Julia: Vem pai, venha cortar o cordão umbilical.

Pedro: Não, eu não consigo!

Dra Julia: devo deixar com o cordão???

Pedro: A senhora aprendeu com a minha mulher, a fazer chantagem???

Os médicos caíram na risada.

Pedro então foi, e eu nem tinha como ver, mas antes de começar entreguei meu celular ao anestesista e pedi que tirasse foto de tudo que fosse importante.

Pedro volta com nossa filha embrulhada em uma manta, com um sorriso de orelha a orelha. Trás ela até perto de mim, e sorrio chorando.

Foi a sensação mais linda e perfeita que já senti. Minha filha, minha Felicity Helena, a princesa da penha...

Será que ela vai querer seguir os caminhos do pai? Ou será que vai ser diferente??

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Será que ela vai querer seguir os caminhos do pai? Ou será que vai ser diferente??

Depois que acabou a cirurgia, me levaram até uma sala de pós, nela passei umas 2 horas de repouso e observação, aproveitei pra dormir.. acordei quando senti a maca mexer, o maqueiro estava me levando de volta ao meu quarto.

Quando entrei minha sogra e o Pedro estavam lá, mas Helena não tava. E eu nem podia falar para não causar gases na cirurgia. Mas com toda certeza do mundo, minha cara não negou meu desespero, pois Pedro já foi logo adiantando que Helena viria daqui a pouco, depois que fizesse alguns exames.

Fui posta na minha cama, e adormeci novamente.

Acordei com minha sogra me chamando.

Ana: Filha, a Helena chegou.

Acordei imediatamente, e a enfermeira trouxe ela e a colocou em cima do meu peito para que mamasse. E assim fizemos, e a Helena mamou, senti uma dor na pele ao redor do meu bico, mas completamente suportável.

O Pedro pede para tirar uma foto nós 3 para poder postar, então tiramos uma foto.

Pedro: Amor, eu tenho que ir, não posso dar bobeira, vai que aqueles policia resolver vim aqui

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Pedro: Amor, eu tenho que ir, não posso dar bobeira, vai que aqueles policia resolver vim aqui...

Lorena: Eu sei, vai! Eu fico aqui com a sua mãe. Vamos ficar bem!

Durante o restante da noite, foi horrível, Helena não dorme, chorava a cada meio segundo, mama bem, mas não dorme. Eu tô fudida com essa menina...

Já estou imaginando quando chegar em casa, o desespero, vou me mudar pra o quarto dela e dormir na casa auxiliar, já pra evitar de ficar andando pra lá e pra cá no corredor...

Como Pedro vai conseguir trabalhar no outro dia após ter passado a noite acordado? E eu? Como vou aguentar isso???

Mas Deus vai me ajudar !!! Eu vou conseguir, afinal, todo mundo consegue...

Um Traficante Em Minha VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora