Parte 14

1.7K 149 28
                                    

Pov. Prapai

Bom dia, meu lindo.

Você dormiu bem? Espero que sim. Mas se não, durma mais um pouco, ok? Como você mesmo disse, as suas provas acabaram então descanse e recupere o sono perdido porque você está precisando.

Eu não vou mentir, Sky, você estava extremamente fofo ontem, até mais do que você sempre é e eu quis te morder inteiro por isso, mas não se deixe chegar a esse nível de exaustão novamente, por favor. Fiquei muito preocupado com você e o que poderia ter acontecido se estivesse sozinho. E se você saísse por aí? Quero nem pensar nisso.

Então durma. Durma bastante.

E não se esqueça de se alimentar direitinho também. Eu deixei o seu café da manhã na geladeira. Coma tudo. E não precisa se preocupar com o almoço pois ele será entregue mais tarde.

Apenas descanse, ok?

Faça o seu namorado feliz e se mantenha todo lindo e muito saudável.

Agora, sim, a outra razão para esse bilhete que acabou ficando enorme é que eu quero sair antes de você acordar porque sei que você deve querer ficar sozinho para descansar a sua mente. Mas, para não te deixar preocupado com o meu paradeiro ou que eu tenha deixado você - coisa que eu nunca vou fazer, aceite logo isso -, eu tomei a liberdade de escrever nesse seu caderno que é fofinho igual você.

E eu preciso mesmo ir, mas você está com um sorriso tão lindo no rosto que eu só quero voltar a deitar ao seu lado. Aliás, você se incomoda que eu esteja te observando enquanto escrevo isso? Eu espero que não.

Ok, eu estou saindo, mas, mesmo estando ocupado por todo o dia, me ligue para qualquer coisa que você precisar e eu estarei aqui o mais rápido que eu puder.

Fique bem, meu amor.

Seu Prapai

Coloquei o caderninho verde, que tinha as folhas decoradas com pequenos limões, junto com a caneta na mesinha ao lado da cama e passei a mão mais uma vez pelo seu rosto. Sky sorriu se aconchegando e eu quis me deitar mais uma vez ao lado dele.

O que eu fiz.

E fui abraçado quase imediatamente.

Seu suspiro de contentamento só me fez querer desistir da ideia de deixá-lo, mas eu tinha aniversários a comparecer e, por mais que eu tenha o desejo de apresentar o meu Sky para todos, seria melhor esperar que ele aceitasse ser meu antes de assustá-lo com o resto da minha família.

- Hum.. - ele murmurou e eu entendi como uma concordância, mesmo que ele não soubesse o rumo dos meus pensamentos.

Meu Sky dormia tão fofinho. Mas eu sabia que ele logo acordaria, então me levantei, com certa dificuldade, porque eu não queria sair e ele não queria me soltar, e beijei sua testa depois que seus braços afrouxaram o aperto. Ele suspirou e eu cheirei a sua bochecha antes de beijar sua testa mais uma vez e me pus em pé. Bati nos bolsos para ter certeza de que havia pego as chaves, carteira e celular e então saí com relutância do dormitório dele.

Depois de conseguir me despedir do Pong sem a infelicidade de encontrar aquela fofoqueira, eu dirigi o meu carro para uma floricultura para comprar um buquê de rosas brancas. Então segui para o cemitério, onde eu visitaria a minha mãe, já que era aniversário dela. Ou seria, se não a tivesse perdido a quinze anos.

- Bom dia, mamãe. - coloquei o buquê no vaso que estava sempre limpo e me sentei no banco de pedra tão limpo quanto. - Eu sei que eu devia ter vindo antes, me desculpe, mas papai tem me explorado tanto naquela empresa, aquele velho aproveitador. Tudo bem, mamãe, eu sei que a senhora não gosta que eu reclame dele, mas só dessa vez pode ser? Tenho certeza que, assim como o Pa Porsche, a senhora estaria me apoiando contra ele, afinal foi a senhora que me deu o meu Sky. Obrigado por isso, aliás.

KinnPorsche e o não namorado do PrapaiOnde histórias criam vida. Descubra agora