Parte 6

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Pov. Prapai

Após entregarem o nosso jantar, e de nós dois estarmos muito bem alimentados, ele sentiu vergonha por ter estado tão desesperadamente nos meus braços e deitou de costas para mim na hora de dormir. Claro que, em algum momento durante a noite, ele rolou de volta e se aconchegou novamente nos meus braços e eu pude enfim dormir em paz.

Acordei cedo novamente, um pouco antes do meu despertador me mandar começar o dia, na verdade. Mas, dessa vez, eu não reclamei porque eu teria ao menos seis minutos completos para apreciar a beleza do meu menino que estava todo relaxado suspirando no meu peito, o que me dava vontade de aperta-lo ainda mais próximo a mim. No entanto eu não fiz isso pois não queria perturbar o seu sono, então apenas beijei sua testa e suspirei o cheiro dos seus cabelos.

Ele estava quentinho, não de febre dessa vez, mas por ter estado colado em mim a noite toda. Meu menino estava finalmente recuperado e eu só podia estar aliviado por deixá-lo bem, antes de sair para trabalhar. O que seria em pelo menos uma hora, a julgar pelo meu despertador gritando.

- Hum.. - ele se mexeu no meu peito e levantou um pouco a cabeça para olhar pra mim, ou ele tentou, já que seus olhos mal se abriram. - Bom dia.

- Bom dia. - beijei sua testa novamente e afastei com muito custo os meus braços do seu corpo para só então me levantar. - Eu tenho que me arrumar para o trabalho, mas você pode voltar a dormir, ok?

Ele assentiu e agarrou meu travesseiro para voltar a dormir enquanto eu queria muito desistir de tudo para voltar a me deitar ao lado dele. Mas eu não podia fazer isso, senão meu pai acabaria comigo, então puxei o lençol para cobrir seus ombros e acariciei os seus cabelos macios mais uma vez e então me dirigi ao banheiro.

Meia hora depois, eu estava terminando de arrumar a minha gravata quando as batidas na porta do quarto indicaram que o café havia chegado. Mas, ao abrir a porta, não era tio Arm ou tio Tankhun ou qualquer outro segurança, mas o Pa Porsche.

- Bom dia, querido. Trouxe o seu café.

- Bom dia papai. - peguei o carrinho que ele empurrava e deixei ao lado da porta do lado de dentro do quarto, então olhei novamente para meu pai que continuava parado enfrente a porta. - Hum.. obrigado?

- O garoto, garoto. Eu quero saber como ele está.

Eu ri da expressão totalmente exasperada dele e saí para o corredor e fechei parcialmente a porta.

- Ele não tem mais febre e, a julgar pela nossa conversa de ontem, está totalmente consciente agora. Ainda está dormindo, mas, tenho certeza que vai acordar se sentindo pronto para compartilhar informações.

- Isso é muito bom de ouvir. - Pa Porsche sorriu para mim e se aproximou para arrumar a minha gravata. - Se quiser, eu posso cuidar dele enquanto estiver na empresa hoje.

- Eu não sei..

- Prapai! Eu sou seu pai e você sabe que pode confiar em mim.

- O senhor é a pessoa que eu mais confio no mundo inteiro, papai. Acontece que, mesmo que algumas das ações dele possam indicar o contrário, ele não confia em mim. Totalmente compreensível, é claro, visto que tudo o que ele sabe sobre mim é o meu nome e isso pode ser assustador por si só, o senhor sabe. Então não posso empurrá-lo para outro desconhecido. Mesmo que seja um desconhecido adorável que nunca o machucaria, porque eu não admitiria isso.

- Tudo bem, eu entendo. - depois de por a minha gravata no lugar, papai subiu as mãos pelos meus ombros e pescoço e então acariciou as minhas bochechas e sorriu pra mim. - Ele não é um qualquer, é?

KinnPorsche e o não namorado do PrapaiOnde histórias criam vida. Descubra agora