Capítulo 1 - Você Precisa Se Cuidar

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21 de Junho de 2023

Palácio de Versailles, 25 km de Paris;

Longe da capital agitada curtindo o primeiro dia do verão em uma espreguiçadeira sob o sol matinal de cor manteiga estava um famigerado Frances.

França era a pura imagem do paraíso, um anjo esculpido em carne totalmente entregue ao sono proposto pelo calor do sol. França não possuía problemas, e se possuísse, cabia ao pobre Paris resolve-los.

Em seus ouvidos o único som que ouvia era o canto dos pássaros e o gorgolejar da fonte próxima a piscina. França tirou respirou fundo enchendo os pulmões com o ar morno e suspirou exibindo um sorriso satisfeito.

– Isso sim é vida. – cantarolou bebericando a taça de champanhe posta no mezanino ao lado dele. – Sol, champanhe, piscina e...

"FRANÇA!"

Uma voz alta e grossa como o rugido de um urso ecoou por toda a luxuosa propriedade fazendo o belo francês arregalar os olhos com medo de quem diabos poderia ser o ser que interrrompia seu repouso.

Depositando a taça sobre o mezanino, França resmungou um xingamento e se retirou da espreguiçadeira sentindo os joelhos falharem e sua visão rodopiar devido ao sol.

– Oh mon Dieu... – levou a mão à testa sentindo uma imensa tontura. Quem quer que esteja atrás dele teria de esperar até que ele recobrasse a consciência para conseguir andar.

O francês, estando fraco da cabeça, não conseguiu sentar-se antes do desmaio o atingir e o fez tropeçar nos próprios pés, indo de encontro ao chão quente.

"França im namen Gotts você esta bem?"

França recobrou o sentindo segundos após a queda, conseguindo notar as botas negras a sua frente e mãos enormes lhe erguerem pelos ombros. A visão ainda estava turva e cheia de pontos pretos, mas ele conseguia distinguir os olhos azuis estreitos e a cara branca como leite.

- Allemagne... – balbuciou revirando os olhos.

– Seu maluco, queria bater o focinho no piso e sangrar até morrer? – indagou o alemão furioso.

– Pardon. – pediu o francês segurando com toda a força que tinha no joelho de Alemanha para tentar se por de pé.

– Was zum teufel aconteceu pra você cair assim? – indagou o alemão ajudando França a ficar de pé e percebendo que nem força para isso o pobre coitado tinha. – kommen, vou te tirar de baixo desse sol. Isso não está te fazendo bem.

– Mas eu preciso de vitamina D. – resmungou França com a cabeça no ombro de Alemanha.

– Vou te dar cenoura pra comer, vai ficar laranja rapidinho. – rebateu com um sorriso cruel.

França quis xingar aquele loiro estúpido mas nem força para mexer os braços tinha, então só aceitou ser carregando para dentro de casa como um inofensivo saco de batatas.

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A decoração do palácio era algo que deixava qualquer um boquiaberto com a quantidade de detalhes e peças feitas de ouro que havia em praticamente todos os cantos, das maçanetas até o papel de parede. Pinturas pelos tetos, uma mobília diferente em cada cômodo, espelhos e muitas, muitas, mas muitas janelas. Completamente diferente da casa de Alemanha que tinha uma única porta gigantesca e pouquíssimas janelas, literalmente uma caverna para uma fera assustadora nos versos poéticos que França cantava quando exagerava no vinho.

Alemanha ficava até vesgo quando passava pela quantidade exorbitante de espelhos, França era uma pessoa bonita, isso era inegável, mas também era muito vaidoso e isso o tornava muito irritante em certos momentos.

O Nó Que Nos Liga - França e CroáciaOnde histórias criam vida. Descubra agora