O Nó Que Nos Liga - França e Croácia

Um Dia Quase Perfeito parte 3

SÉRVIA

Estando a caminho da sala de estar, Sérvia se perguntava o porquê a relação com a mãe era tão ruim. Mas sabia que a culpa não era dele, e sim dela.

Hungria era uma mulher narcisista que não se importava em humilhar e pisar. Desde que Sérvia se conhecia por gente, Hungria jamais foi uma mãe carinhosa. Ela era muito rígida e mesquinha e se importava mais com a aparência exposta aos olhares alheios do que se Sérvia estava comendo corretamente.

Isso era outra crica dela. Sérvia tinha refeições milimetricamente organizadas para ter o "corpo perfeito" já que na visão de Hungria, corpos magros atraiam homens ricos.

Ela não se importava com a felicidade de ninguém alem dela, e além do dinheiro dela. Sérvia não duvidava que sua mãe seria capaz de deixá-lo morrer num incêndio para salvar suas jóias. Era uma velha gananciosa.

Enquanto a mãe se emperiquitava e gastava fortunas com vestidos, jóias e compras luxuosas, Sérvia ficava na casa estudando na companhia de lady Budapeste, que foi durante muitos anos a dama de companhia de Hungria. Budapeste era uma mulher de idade já um tanto avançada que era a professora e baba de Sérvia, e ela é até hoje uma mulher muito bondosa e querida que sempre esteve disposta a cuidar das gêmeas quando Sérvia precisava ir trabalhar no Palácio, o que acabou gerando um ciúme compulsivo em Hungria por que Bulgária ficava mais por casa já que o filho era pequeno, e foi isso que fez o Bulgária se apaixonar por lady Bud.

Sérvia sorriu ao se lembrar disso. O quanto os dois se gostavam e o quanto fingiam e escondiam isso de Hungria. Contudo ela descobriu e surtou outra vez literalmente queimando as mãos de Bud com água quente e despejou brasa ardente no rosto da ex-amiga. Sérvia tinha acabado de chegar com o pai de uma cavalgada e encontraram Hungria torturando Bud na sala de jantar. O sorriso do sérvio morreu ao se lembrar dos gritos e de como o pai voou para cima da mãe irada jogando-a contra a parede para salvar Bud.

Por alguma sorte divina, Bulgária foi inocentado e pode se divorciar de Hungria que voou com as unhas no rosto dele deixando uma cicatriz horrível. Sérvia tinha 15 anos na época e Inglaterra ordenou que a guarda fosse dada ao pai já que Hungria não tinha a menor condição de criar alguém.

Quando Sérvia fez 18 anos, Hungria começou a importuná-lo dizendo que já tinha passado da hora dele arrumar um marido e se casar para ter herdeiros, por que ela jamais legitimaria os filhos de Bulgária e Budapeste, ela os enojava e eles também desejavam que ela resolvesse tropeçar a cair das escadas e ir visitar são Pedro.

Foram quatro terríveis anos até o vigésimo primeiro aniversario quando conheceu Croácia por puro acaso durante uma viagem com o pai até a cidade de Brasov sob os domínios do temível Romênia. Que de temível não tinha nada, era apenas um homem super querido com fama de assustador que tinha um filho de temperamento explosivo por quem Sérvia se apaixonou perdidamente.

Eles continuaram se esbarrando em eventos e essa paixonite que ambos sentiam ficou evidente aos olhos de Hungria que enviou uma carta quilométrica ao velho romeno dizendo "1001 Motivos Pra Casar Nossos Filhos" e ele devolveu uma carta de três linhas dizendo:

Encarecida Hungria,

Simplesmente amei essa idéia e quero Sérvia como meu genro imediatamente, ele é um amor.

Com carinho, Romênia

Sérvia riu sozinho no final da comitiva lembrando-se da cena de sua mãe pulando pelos corredores como um coelho de tanta felicidade. Durante aqueles meses antes do casamento, ele realmente acreditou que ela tivesse mudado, até que uma semana antes do dia marcado, Hungria começou a chilicar e reclamar que Bulgária tinha mudado toda a decoração do casamento, o que agradou muito Sérvia e Croácia. O plano de Hungria era por as bandeiras dos dois no alto do altar, flores com as cores das bandeiras, tudo combinando milimetricamente e isso irritava o croata, além de que Hungria ficava o tempo inteiro corrigindo a fala e a postura dele.