UM DIA QUASE PERFEITO parte 2

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PRUSSIA

Gente doida, sai debandando igual um bando de porco morto de fome.

– Será que o papai ta bem? – Bony me perguntou.

– Mas é claro que ele ta bem Bony, aquele croata é feito de ferro. Agüenta cem quilos em cada ponta do supino, aquilo pra ele é uma cosquinha. – menti para elas.

– Então por que ele tava tonto? – Herzegovina me perguntou.

– Por que a avó de vocês transpira poluição já que fuma mais que uma locomotiva – respondi fazendo Herzy gargalhar se debruçando sobre o piano.

Eu iria voltar para a cozinha cuidar dos biscoitos, mas a campainha acabou tocando. O que eu achei estranho por que tipo: "Será que é o carteiro?" Mas ai eu lembrei que o carteiro nunca sobe aqui em cima. A gente tem a caixinha de correio lá em baixo e de acordo com o Áustria, ninguém mais manda cartas nos dias de hoje.

– Você devia atender tio Pru. – Herzy sugeriu. – É falta de educação deixar a visita esperando na porta.

E eu fui com avental rosa e tudo (OBS: Esse avental é do Alemanha.) atender a porta bem pleno. O mundo tava caindo lá fora, mas eu ignorei quando meu coração deu um salto mortal pra trás quando vi França

O pobre Frances estava encolhido debaixo do guarda chuva enquanto tremia de frio.

– França o que raios você ta fazendo aqui?

– Bom dia pra você também. – o francês fez cara feia enquanto caminhava pra dentro. Dei passagem a ele que quase se escorou na porta para não tocar em mim e deixou o guarda chuva junto aos outros

– Pra que tanta brutalidade xuxu? Acordo com o pé esquerdo hoje? – perguntei num tom de brincadeira, mas o olhar dele continuava estreito.

– Não! Muito pelo contrario, eu acordei bem, mas o transito para cá estava um pandemônio! – ele sacudiu a cabeça (o que eu honestamente achei que iria girar 360 graus e desencaixar do corpo.) e seguiu para a cozinha, mas antes disso parou e olhou para o piano. – Herzegovina?

Herzy estava com os olhos atentos as partituras, mas retirou-os dela lá assim que ouviu ser chamada. Os olhos da menina brilharam como estrelas quando ela notou o Frances ali.

– TIO FRANÇA! – Herzy gritou correndo na direção de França e pulando no colo dele. França começou a rir enquanto tentava manter aquela doninha nos braços.

– Mon Dieu você cresceu tanto. – ele exclamou pondo a menina de volta no chão.

– Crianças crescem. – Herzy respondeu dando de ombros.

– Sério, o que o Sérvia deu pra vocês comerem que ante então eram do tamanho de um bebe porquinho. – França tentou medir com as mãos.

– Isso lá é comparação frança? – questionei.

– É algo que você diria. – ele moveu os olhos pra mim.

– Touche. – falei cruzando os braços.

– Cadê a sua irmã meu bem? – frança perguntou e Herzy apontou com o polegar para a cozinha.

– Fazendo cookies. O papai não ta muito bem.

França me deu um olhar de canto rápido pedindo respostas.

– Vai lá chamar ela que também quero dar um chamego nela. – França pediu dando um leve empurrãozinho nas costas de Herzy que partiu a todo vapor para a cozinha. Ele ajeitou as costas e pos às mãos na cintura se virando para mim. – O que aconteceu dessa vez?

O Nó Que Nos Liga - França e CroáciaOnde histórias criam vida. Descubra agora