21 de Junho - Palácio da Alvorada;
Quando Brasil viajava para passar um tempo com o pai junto a Argentina, ficava sobre função da pobre Brasília vigiar seus irmãos, função que a mesma recebia sempre quando Brasil resolvia bater o pé dali e ir furnicar com o argentino.
Eram seis da manha quando o despertador tocou. Brasília levantou da cama afastando o cobertor bordo e procurando as pantufas com os pés ainda tendo os olhos mal abertos. Desligou o despertador e se pos de pé indo em direção ao cabideiro no canto do quarto para pegar a toalha, seguindo para o banheiro que ficava no longo corredor.
Foi só ter posto a cabeça para fora da porta que ela pode ouvir os berros incessantes de São Paulo. A irmã correu na direção do quarto do paulista gritando pelo mesmo perguntando se estava tudo bem.
– Paulo ta tudo... – a garota congelou ao ver o que estava no chão a sua frente. Não era de menos para São Paulo estar encolhido na cabeceira da cama. Havia uma cobra no chão, mas não apenas uma cobra, ela era gigantesca e tinha escamas verde escuras com listras laranjadas. O animal estava quase escalando a cama de São Paulo quando Brasília deu um berro que teria acordado qualquer um num raio de quilômetros.
– AMAZONAS!
Sentindo o tremor dos passos chegarem até ela, o irmão de longos cabelos negros adentrou o quarto e com um ágil movimento, tampou a cabeça da imensa serpente com uma fronha de travesseiro.
Brasília olhou pelo corredor ouvindo os outros irmãos chegarem. Minas Gerais estava com um bolo de cordas na mão e pediu licença a irmã para entrar no quarto e junto com Amazonas começou a amarrar a imensa cobra.
– Em nome de Deus quem soltou esse trem aqui dentro? – questionou-se o mineiro aturdido tentando segurar a serpente que se debatia com violência.
– A pergunta é quem foi o inteligente que deixou alguma janela aberta. – Amazonas rosnou abraçando o corpo da cobra.
Brasília olhou para São Paulo que abraçou os próprios joelhos com uma cara de vergonha. A irmã seguiu até a janela e afastou as cortinas encontrando a mesma escancarada.
– Paulo você ficou louco? – ela exclamou para o moreno. – Ela podia ter te matado.
– Não teria matado, apenas se ela estivesse com fome. – amenizou Amazonas se colocando de pé e com a ajuda de Minas, levaram a imensa cobra para fora do quarto.
Brasília se sentou sobre a colcha cinzenta da cama do irmão e pos as mãos sobre o colo. Ela ainda vestia seu pijama de calça vermelho borgonha e camisa de unicórnio que tinha ganhado de Espírito Santo em seu aniversário. Ela olhou séria para o irmão que brincava com o anel de ferro do colar.
– Maninho, a gente precisa conversar. – ela pediu. São Paulo ergueu os olhos para ela com aquela mesma expressão triste, a franja de cor petróleo lhe caia sobre a testa tampando um dos olhos. – isso não tá te fazendo bem.
São Paulo suspirou e encostou a cabeça na parede cinza chumbo pouco abaixo do imenso quadro que tinha sua coleção das maiores edições da Folha de São Paulo.
– Mas é o único jeito. – ele disse em voz baixa olhando de canto para o mezanino branco ao lado da cama.
Brasília moveu os olhos para o mezanino e encontrou ali o cinzeiro que transbordava de bitucas de cigarro. Ao lado o velho e grosso diário de capa de couro que Mato Grosso do Sul tinha dado a São Paulo já fazia muitos anos. Junto do velho diário tinha a caneta de tinta preta estourada e remendada e cheia de mordidas feitas pelo próprio paulista. Alem do abajur, ali em cima tinha uma pilha alta de pastas, folhas e artigos e também o notebook que São Paulo usava para trabalhar e pesquisar.
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O Nó Que Nos Liga - França e Croácia
FanficFrança é um completo desocupado que não possui problemas para resolver. Isso até um certo croata boa pinta surgir na vida dele. Mas pelo menos ele não esta sozinho nesta ja que possui um pinscher argentino como a única pessoa neste mundo capaz de o...