Capítulo 16

164 15 0
                                    

Neteyam, Narya e os outros três Metkayina estavam espionando Lo'ak, o garoto não fazia nada demais; apenas se comunicava com Payakan, o Tulkun considerado assassino pelo povo do Recife.

O animal marinho abriu sua enorme boca, permitindo que Lo'ak a adentrasse. O garoto assim o fez, entrando na boca de Payakan.

Neteyam e Narya entreolharam, o mais velho estava apreensivo, e ela sabia disso, o entendia muito bem. Mas eles apenas podiam torcer para que tudo desse certo e que a história do Tulkun fosse apenas uma mentira mal contada por pescadores.

Quando a boca de Payakan se fechou com Lo'ak ainda lá dentro, Neteyam ameaçou nadar até lá, sendo impedido por Tsireya, que o pediu paciência. Neteyam voltou a olhar para Narya, tentando procurar algum conforto em seu olhar, ele estava angustiado, temendo pela vida do seu irmão mais novo.

Os irmãos Sully, Narya e os filhos de Olo'eyktan seguiram Ronal para dentro de sua cabana. Todos eles com a cabeça baixa, sem saber o que esperar.

Como pôde deixar? - Ronal esbravejou para a filha mais nova quando chegaram na cabana. - Como você deixou ele fazer a ligação com o excluído!? ela apontou para Lo'ak, ainda olhando de forma repreendendora a filha.

- Tsireya.- seu pai a chamou, ela levantou o olhar, seus olhos estavam marejados.- Que decepção, minha filha. - lamentou, negando com a cabeça. -E você, filho do grande guerreiro, sabe que as coisas não são assim.

Narya percebeu Jake e Neytiri chegar, ambos preocupados e talvez, provavelmente, bravos. Ela afiou o olhar, botariam a culpa em Lo'ak.

- Payakan salvou minha vida. O senhor não o conhece. -o mais novo desmentiu - Payakan salvou minha vida. O senhor não o conhece. - o mais novo desmentiu Tonowari, o olhando nos olhos.

Narya revirou os olhos, negando com a cabeça. Lo'ak era teimoso, então ajudá-lo era muito difícil quando agia assim, impulsivamente.

-Senta. -o Olo'eyktan ordenou para Lo'ak. -Sentem agora! - gritou com o resto dos jovens. Ouça minhas palavras. - ele continuou quando viu - todos os jovens sentados. Desde as primeiras canções, os Tulkun's lutavam entre eles por território e vingança, mas eles passaram a acreditar que matar não importa a justificativa, só provoca mais desgraça. Então matar foi proibido. Esse ato fez os Tulkun's crescerem.- ele contou, passando os olhos pelos rostos de todos os 5 jovens. - Payakan é perigoso, então ele é um excluído.

-Me desculpa, senhor, mas isso está errado.- Lo'ak rebateu, levantando o olhar.

-Lo'ak! - sua mãe o repreendeu.

-Já chega! - Jake esbravejou, fazendo o garoto ficar em silêncio por um segundo.

-Eu sei o que eu sei.- ele continuou, encarando Tsahik e Olo'eyktan em desafio. Seu pai se aproximou dele, bravo.

- Já chega. - sibilou Jake. Eu dou um jeito nele. - tranquilizou Tonowari, logo - depois puxando Lo'ak brutalmente pelo braço para sair dali.

Neteyam e Narya trocaram olhares preocupados, sabendo o que ia acontecer. Os dois se levantaram, se retirando da cabana do Olo'eyktan e voltando para a própria. A noite não seria nada divertida.

Jake brigava com Lo'ak enquanto os outros jovens ficavam calados e apreensivos.

Narya não entendia essa história, Payakan não parecia um assassino, ela o viu e não sentiu que ele fosse ameaçador.

-Pai! Me desculpe interromper-lo, mas e se esse Tullkun não for um assassino, e essa história ser um mal entendido.-Narya diz falando calmamente.

-Eles são metkayinas, são o povo do Recife, nasceram aqui, eles conhecem o lugar e tudo que vive aqui.

I see me through your eyesOnde histórias criam vida. Descubra agora