Capitulo 5 (POV: DORCAS)

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Durante o jogo, ela cora e presta extrema atenção em mim. Brilhando em rosa e vermelho.

Marlene é tão fofa que morro de vontade de provoca-la.

Quando aponto sem hesitar a sua direção, posso ver a ansiedade e confusão, além de surpresa, em seu rosto.

Adoro ver o conflito de sentimentos que causo nela.

Adoro ser a responsável por essas reações.

Quando o jogo termina, começam os debates mais polêmicos e mais engraçados aos quais já assisti.

Sirius aponta na cara de Peter perguntando porque ele apontou pra ele. James faz um escândalo e quase chora em meio à confusão, querendo saber qual era a pergunta feita a Lily. Todos chamavam Mary de má por guardar todos os segredos pra ela, inclusive Marlene.

Quando o clima se acalma, pego uma bebida e me sento num dos sofás mais solitários.

Mesmo assim, um grupo de pessoas começa a se formar a minha volta, e a conversa ainda mais.

O ficante lufano de Mary entrou escondido na comunal com sua ajuda, e conversava com todas as pessoas possíveis.

Quando já bebi e conversei o bastante, encosto minha cabeça nas almofadas do sofá e descanso por uns segundos. O álcool já está me deixando tonta, mesmo assim é tão bom que temo não resistir a pegar mais.

Um garoto bonitinho se aproxima de mim e começamos a conversar. Nem me lembro de quando ele chegou, e nem como o assunto começou, mas de repente ele começou a falar sobre o último relacionamento dele, que ele saiu traumatizado e com inseguranças...

Mas sinceramente? O que esse cara está falando, ele acha que eu me importo?

Corro o risco de falar isso em voz alta, mas Marlene chega salvando a minha reputação de boa garota, e mantendo a sua de garota má.

-Chispa - escuto Marlene dizer - Ela namora.

Namoro? MERLIN!? Eu estou tão bebada assim?

MERLIN, MERLIN, MERLIN!

Pedi Marlene em namoro!? Bebada!? Que horrível, isso deveria ser mais romântico!

Droga!

Eu já tinha pensado em tantas maneiras legais, em levá-la pra Hogsmeate, irmos a um encontro, tomar cerveja amanteigada... mas um pedido de namoro bebada!?

Dou um tapa na minha própria testa.

-Eu sou um desastreeee - murmuro, chorona.

Os olhos atentos de Marlee se fixam em mim na mesma hora, e ela se senta ao meu lado e começa a me consolar.

-Um desastre? Você deve estar muito bebada mesmo. Tem que estar muito longe de sóbria pra achar alguma coisa desse tipo sobre você - ela responde, quase num tom de bronca.

Olho pra ela e esqueço que ela está me olhando de volta.

O álcool cria em mim uma percepção de mundo em que eu sou a protagonista e o resto das pessoas fazem parte de uma festa.

Eu quase esqueço que eles são de verdade e que tenho que manter as aparências.

Por isso, não me preocupo em pensar no que ela vai achar enquanto observo seus olhos castanhos e seus lábios avermelhados. Seu cabelo bagunçado e loiro é tão lindo, ela é tão linda.

-Como...? Como. Tipo, como você... - murmuro, meio que pra mim mesma - é de verdade?

Marlee franze as sobrancelhas e coca a nuca, sem entender e dando uma risadinha.

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