João
Tinha um tempo que eu não vinha em uma praia, passar esse tempo foi ótimo, a rotina não me permite curtir tanto e agora sendo reconhecido complica mais um pouco, mas se essa praia for tranquila desse jeito sempre, vou ter que voltar lá de vez em quando.
Agora estamos voltando para casa da Lari, e ela tá guiando novamente, diferente de mim, ela gosta mesmo de dirigir.
Ela conseguiu trocar de roupa não sei como, mulher tem essas táticas né? E eu só coloquei a bermuda que eu estava e a toalha no banco para não molhar. No som toca as antigas do Justin e eu e a Lari estamos nos acabando de cantar, é incrível como a vibe dela parece com a minha, é tudo tão leve. Pego meu celular, coloco no suporte dou inicio a uma gravação.
— Cê colocou pra gravar? — Franze a testa.
— Sim, não é pra ficar com vergonha, não vou postar, é só pra recordação — volto a cantar e ela também.
Chegando na porta ela estaciona o carro. Eu desço e pego minha roupa no porta-malas enquanto ela desce e vai abrindo a porta da casa.
— Tranca a porta — ela manda e eu faço — quem vai tomar banho primeiro? Só tá funcionando o do meu quarto, o chuveiro do banheiro do corredor foi jogar no vasco — solto uma risada ao ouvir isso.
— Pode ser você, eu espero — ela vai pro quarto e eu vou atrás.
— Vou ter que lavar o cabelo, então vai demorar um pouco — fala pegando a roupa no guarda-roupa. Ela entra no banheiro e eu observo um quadro na parede — Esqueci de — sai rápido sem notar onde eu estava e acaba se chocando contra o meu corpo, nossos olhares se encontram e ela nem consegue terminar a frase. Junto nossos lábios, minha mão aperta a cintura dela e a outra em sua nuca, as dela vão para as minhas costas.
Um beijo lento, que vai ganhando intensidade, a Larissa passa as unhas arranhando me arranhando, aproximo mais o corpo dela ao meu a puxando pela cintura e isso faz com que a respiração dela desregule, uma das minhas mãos descem apertando a sua bunda. Nossos corpos desejam um pelo outro como ainda não tinha acontecido.
O ar já não chega facilmente aos pulmões, mesmo assim parece que nós dois desejamos que esse momento não termine, as mãos dela agarram minha nuca fazendo com que não nos afastemos. Chega um momento que não tem mais como, o beijo precisa terminar, os braços da Larissa pousam nos meus ombros e eu puxo o seu lábio inferior cessando o beijo.
Desço beijos pela mandíbula e pescoço dela, e sinto seu corpo arrepiar. Porém, ela dá um passe pra trás me dando um leve empurrão. Sinto o meu semblante mudar automaticamente a vendo tensa, será que avancei algum sinal vermelho?
— Acho melhor eu ir tomar meu banho — fala ofegante — desculpa — a voz dela quase não sai e eu sinto como se ela quisesse fugir dali.
— Não preci-cisa se de-desculpar — Acabo gaguejando.
— Você não fez nada errado. É só — ela se cala engolindo seco e seu olhar vai para as mãos que estão inquietas
— Tudo bem — respiro fundo, sorrio sem mostrar os dentes, coloco seu cabelo atrás da orelha e a beijo na testa.
— Agora eu vou tomar meu banho porque você precisa tomar o seu — ela pega a escova de cabelo e volta para o banheiro.
Me sento no chão por que continuo com a roupa um pouco molhada e fico pensando nos possíveis motivos para que isso acontecesse, porém, prefiro acreditar que ela só não está a vontade ainda.
— Demorei tanto assim? Tá sentado no chão porquê?
— Minha roupa tá meio molhada ainda - puxo a bermuda mostrando
— Podia sentar na cama, eu só trocava a cocha
— Vou tomar meu banho - me levanto e entro no banheiro. Tomo meu banho e quando saio vejo a Larissa sentada na cama
— Vem cá — bate a mão no seu colo — me aproximo e me sento na cama — deita do meu lado então — ela deita, eu respiro fundo e me deito ao lado olhando o seu rosto, detalhe por detalhe. Ela coloca a mão no meu rosto fazendo um carinho com o polegar na minha bochecha e une nossos lábios em um selinho — eu tô gostando tanto.
— De quê? — me faço de desentendido.
— Disso aqui, de nós dois. Tá se fazendo né? — franze a testa e eu nego com a cabeça — as coisas tão acontecendo como é pra ser, se fosse outra pessoa eu não estaria assim não, viu João Gomes?
— E cê acha que eu estaria assim com outra pessoa?
— Ah, sei lá — da com os ombros.
— Não estaria — dou um selinho nela e ela passa a perna esquerda pela minha cintura e segura meus braços
— Tá preso, daqui você não sai!
— Pior do que criança — solto uma risada — quero ver se eu não saio — consigo soltar minha mão esquerda e começo a fazer cócegas nela.
— A não — fala entre risadas e me solta, fico de joelhos na cama — pa-para João — diz ofegante então paro com as cócegas e me deito novamente — como é achar alguém que divide o mesmo neurônio que você? — indaga assim que recupera o folego
— Quando minha mãe nos ver, ela vai falar que somos duas crianças crescidas. Obrigado pelo dia de hoje, de verdade.
— Não precisa agradecer. Tem mouse de maracujá na geladeira, quer? Se quiser me siga — levanta indo para a cozinha e eu faço o mesmo. Apoio no balcão só a observando, ela pega os potes, as colheres e a travessa — Aqui o seu — me entrega
— O seu tem mais. Não adianta esconder, cê colocou mais mousse.
— Xiu, quietinho, para de drama. Tava querendo assistir eu a patroa e as crianças, pode ser?
— Quem nega assistir eu a patroa e as crianças? — a abraço de lado e caminhamos até a sala, nos sentamos no sofá e ela coloca no seriado.
— Ei — diz depois de alguns minutos — amanhã eu vou falar com o meu chefe, ver se ele me libera — abro um sorriso.
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Oi gente! Tudo bem?
Depois de séculos atualizei aqui kkkkEu amo essa fic, é muito fácil escrever aqui, tem horas que eu tenho que me controlar para o capítulo não ficar gigante.
É isso, beijos! 💋
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Destino - João Gomes
FanfictionDestino é o substantivo masculino que indica um fim ou resultado de uma determinada ação. Em muitos casos descreve um evento que está predestinado, uma sucessão de acontecimentos inevitáveis. Quando o Destino traça, não tem como fugir. O empurrão do...