Capítulo 18

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— Então nos encontramos de novo, Nova Favorita. — Natsuo encarou o bebê com um olhar de aço.

— Natsuo. — Enji gemeu passando a mão pelo rosto.

— O que? Ela é! Você a ama tanto! — Natsuo deu a seu pai seu melhor sorriso comedor de merda.

— Eu te amo tanto, você sabe. — Enji apontou.

— Sim, mas é tarde demais para mim. — Natsu deu de ombros jovialmente.

Hiyori reagiu ao tom alegre de seu irmão mais velho com um sorriso igualmente alegre, totalmente inconsciente de que ele estava espremendo o pai deles.

— Você não vai gostar de... leva-la no mercado enquanto estivermos fora, vai? — Keigo estreitou os olhos com desconfiança.

— Eu? Nunca!

— Ok, só não cause nenhum dano que eu não possa reverter mais tarde. — Keigo sorriu, aparentemente satisfeito com a resposta.

— Temos certeza de que não há mais ninguém para vigiá-la? — Enji entrou na conversa.

Keigo e Natsu apenas desconsideraram suas preocupações.

A babá deles não poderia vir até o meio-dia de hoje, então eles precisavam de alguém para cuidar de Hiyori pela manhã, já que Enji e Keigo deveriam estar em suas respectivas agências. Natsuo era o único disponível em quem ambos confiavam e ele estava feliz em fazer isso (ou assim ele diz), mas não sem atormentar Enji um pouco... ok, muito. Enji pelo menos reconheceu que isso era literalmente o mínimo do que ele provavelmente merecia de seu filho do meio e silenciosamente aceitou sua punição. Não era sempre que ele via Natsuo, principalmente por vontade própria de Natsu, então ele estava feliz que o jovem tivesse posto os pés na casa. E para o imenso alívio de Enji, apesar de seus sentimentos por seu pai, Natsuo nunca pareceu nutrir qualquer má vontade em relação a Hiyori.

— Você tem os números de emergência, a geladeira está abastecida com mamadeiras e papinhas, mantenha as luvas de forno por perto caso ela tenha um ataque de raiva e ela deve estar pronta para tirar uma soneca quando a babá chegar. — Keigo percorreu o básico.

— Não se preocupe, vamos nos divertir muito! Eu sei que você nunca se divertiu conosco quando crianças, mas você sabe o que é agora, certo pai? Natsuo sorriu.

Enji apenas suspirou internamente e Keigo deu um tapinha tranquilizador em seu braço.

Quando eles estavam saindo, eles deram um beijo de despedida em sua filha e Enji desajeitadamente colocou uma mão quente no ombro de Natsuo, o que o deixou bastante desconfortável.

— Obrigado por vigiá-la. — Enji disse rigidamente.

— Sim, sim. — Natsuo murmurou.

Keigo e Enji saíram pela porta da frente, trancando-a atrás deles, e foram em direção ao carro de Enji.

— Você acha que eles vão ficar bem? — Keigo perguntou, agitando suas penas um pouco nervosamente.

— Claro. Natsu é muito responsável quando quer. — Enji respondeu.

— Não é com Natsu que estou preocupado. — Keigo fez uma careta, sabendo que sua filha muito jovem tendia a seguir Enji quando estava perto de pessoas menos familiares e com uma peculiaridade de fogo que raramente era uma coisa boa.

— Você quer uma carona? — Enji perguntou quando chegaram ao carro.

— E enfiar minhas pobres asas no carro por trinta minutos? Não obrigado. — Keigo respondeu descaradamente.

— Tudo bem, vejo você mais tarde. — Enji deu um meio sorriso e eles trocaram um rápido beijo de despedida.

Natsuo, que estava olhando pela janela para que Hiyori pudesse vê-los partir, pensou que seu pai parecia infinitamente menos legal saindo em um carro do que Hawks decolando para o céu com facilidade.

The Unforgivable OneOnde histórias criam vida. Descubra agora