Capítulo 21

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Dabi se recostou na cama e começou a mexer em seu telefone para se deleitar com a deliciosa tempestade de merda que ele criou. Ele até assistiu à coletiva de imprensa mais algumas vezes apenas para ver a expressão maravilhosa de seu pai e seus apelos desesperados. De repente, ele foi distraído pela sensação de estar sendo observado e, quando olhou para cima, ficou surpreso ao encontrar Tomura parado na porta com os braços cruzados.

— Você me assustou pra caralho. Que diabos está fazendo? — Dabi perguntou.

— Eu não gosto de ser relegado a vigia de pirralha enquanto você fode Yui. — Tomura olhou de volta.

— Eu convidei você.

— Cala a boca.

Então, o que você sabe? Talvez Tomura fique com ciúmes às vezes, afinal.

Shigaraki fechou a porta do quarto com um chute e Dabi sorriu quando seu namorado rastejou em cima dele com um olhar maníaco, mas sensual em seus olhos.

°°°

Enji e Rei trouxeram o endereço da caixa postal de onde vinham as cartas de Touya para o detetive Tsukauchi, que obviamente foi colocado neste caso imediatamente. Enji confiava em Tsukauchi muito mais do que qualquer um que trabalhasse para a Comissão, pelo menos. Os três e alguns outros oficiais ficaram na frente de uma grande tela que exibia um mapa da área, então Tsukauchi inseriu o endereço e o mapa ampliou para uma área menor fora dos limites da cidade.

— A menos que ele vá para outro código postal para enviar essas cartas, o que ele pode fazer, este é um bom lugar para começar a procurar. — Tsukauchi disse sem absolutamente nada da atitude de esperar para ver de Mera. Tsukauchi acreditou na convicção de Enji de que o sequestrador era seu filho mais velho e Enji ficou grato.

— Endeavor-san! — Um oficial aleatório irrompeu pela porta. — Recebemos uma dica de alguém que conhece seu filho e diz que viu Hiyori com ele!

— Onde?! — Enji gritou.

— Ela disse que não vai falar até que você envie a ela o dinheiro que prometeu. — O oficial recuou um pouco.

— Besteira! Eu dou a ela o dinheiro e então ela sai correndo. De jeito nenhum! — Os ombros de Enji inflamaram.

— P-Podemos tentar negociar com ela. — O oficial parecia temer por sua vida, que era justa.

— Ela nos conta o que sabe ou não ganha nada. Estou limpo? — Enji rosnou.

— Enji... — Rei colocou uma mão delicada em seu braço.

— Você deveria tentar falar com Keigo. Se ele está procurando por ela, pode não estar procurando no lugar certo. — Ela disse agora que eles tinham algum tipo de ponto de partida com a caixa postal.

Enji rosnou novamente, mas deixou-se esfriar um pouco. Rei estava certo, sabendo que Keigo provavelmente vai se esforçar até desmaiar procurando por qualquer coisa que indique a presença de Hiyori entre centenas de milhares de pessoas. Pelo menos com isso, Enji pode dar algum tipo de direção ao marido e segui-lo.

O telefone tocou e tocou, quase como se Keigo estivesse evitando sua ligação.

O que ele pode ser.

Enji, me desculpe. Eu não poderia ficar ali sem fazer nada... — O outro homem respondeu.

— Keigo.

Você pode estar com raiva de mim...

— Keigo.

Eu sei que não era a coisa certa a fazer...

— Keigo! Você pode calar a boca por um maldito segundo?

The Unforgivable OneOnde histórias criam vida. Descubra agora