The Unforgivable One

Capítulo 42

— Está tudo bem! Estamos aqui! Está tudo sob controle! — Midoriya irrompe pela porta da frente heroicamente.

— Yay! — Hiyori comemora.

Keigo e Enji parecem um pouco irritados, por outro lado.

— Está tudo bem, Deku... Ele mal entrou em trabalho de parto. — Enji assegura ao jovem e Shouto que está entrando logo atrás dele.

— Isso é um pouco de laissez faire, você não acha? — Shouto pergunta com um olhar de leve preocupação.

— Não, não. Ele está certo. Vai levar horas até esse garoto chegar aqui. — Keigo acena.

— Izuku usou Float para chegar aqui o mais rápido possível. — Shouto parece um pouco envergonhado.

— Bem, nós apreciamos isso. — Keigo sorri.

Hiyori corre até os dois para um abraço.

— Boa sorte, papai! Boa sorte, pai! — Ela aperta os dois com força.

— Seja bom para Izuku e Shouto, ok? — Enji instrui.

— Eu vou! — Ela promete.

°°°

Dra. Yamazaki está esperando por eles no hospital e quando eles se acomodam em um quarto suas contrações ainda estão com cerca de sete minutos de intervalo e ele tem que andar várias voltas ao redor do quarto para ao menos fazer a bola rolar. Dra. Yamazaki tem que segurar suas asas fora do caminho para dar a ele sua epidural, mas ele está feliz por tê-la e sua bolsa finalmente estoura pouco tempo depois. Como não há outra maneira de ficar confortavelmente nesta cama de hospital idiota, ele descarta quase todas as suas penas no chão, mas isso o faz se sentir desconfortavelmente vulnerável.

Todo o processo não é apenas doloroso e cansativo, mas também incrivelmente lento.

Então eles esperam, esperam e esperam.

— Sabe, o tempo passa muito mais devagar quando você sente uma dor inacreditável a cada cinco minutos. — Keigo afirma categoricamente.

— Achei que você diria isso, então pedi ajuda. — Enji começa a digitar em seu telefone.

Enji se recusou a contar o que estava fazendo e Keigo sofreu mais quatro contrações antes que a surpresa realmente chegasse.

— Eu venho trazendo presentes! — Miruko irrompe na sala tão animadamente que ambos ouvem uma enfermeira próxima dizendo para ela falar baixo.

— Rumi! — Keigo exclama ao mesmo tempo em que outra contração o atinge, o que só o torna mais alto.

— Vou sair em uma missão com Taishiro amanhã de manhã cedo, então infelizmente vou perder a grande entrada do pequeno nugget. Então eu queria trazer qualquer guloseima que eu pudesse antes disso! — Ela explica.

— Você me trouxe alguma coisa? — Keigo pergunta.

Keigo está completamente sobrecarregado. Durante grande parte de sua vida, ninguém deu a mínima para ele, ninguém se importou se ele vivia ou morria. Seus pais lhe disseram o tempo todo que todos estariam melhor se ele nunca tivesse nascido e mesmo depois de entrar para a Comissão, ele era apenas um trunfo - não uma pessoa. Ele sabe que a enxurrada de hormônios está deixando-o mais engasgado do que ele estaria de outra forma, mas ele realmente não consegue acreditar. Só nas últimas horas, muitas pessoas apareceram para expressar seu amor por ele - Deku e Shouto, Miruko e, claro, Enji. Ele realmente não sabe como processar isso... ou dizer obrigado.