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Tabata

Saio do banheiro após o banho, tinha chegado agora do trabalho morta de cansaço, mas dei graças à Deus que final de semana eu iria ficar em casa.

Cada vez mais pensava em abrir meu próprio estabelecimento, talvez um restaurante ou um bar restaurante. Trabalhar para os outros era ruim de mais, eles fazem a gente trabalhar igual um condenado.

Abri uma garrafa de vinho e sentei no sofá, estava sozinha na casa do Matheus.  Como sempre sozinha, Matheus tinha viajado e pro meu azar ele chega hoje. Não estava nem um pouco afim de vê-lo.

Não estávamos bem, nem hoje e nem nos últimos meses. E para piorar tinha acabado de ver uma foto dele abraçado a uma belíssima modelo em Nova York.

Por algum motivo eu pensava que ele tinha e tem todos os motivos para me trair. Não estávamos nos entendendo, ele estava longe e sempre brigávamos quando ele voltava. E no fundo eu tinha um pouco de esperança que ele não fizesse isso.

Estava cansada de brigar, querendo ou não isso era desgastante pra  caralho e certeza que não era bom para nossa relação. Mas ambos eram egoísta e não conseguíamos terminar então o que fazemos é machucar um ao outro.

A porta da frete foi aberta anúnciando a chegada dele. Respirei fundo me preparando mentalmente pela briga que vem em seguida.
Matheus jogou as chaves na mesa com uma certa força e inspirou fundo. - Bela modelo que você estava agarrado - Bebo um gole de vinho. Álcool tudo é mais leve com álcool.

- Vai começar de novo? -

Contei até dez tentando não ficar  estressada, odiava essa situação, odiava saber que foi a gente mesmo que nós colocou nessa posição.

Éramos de dois mundos tão diferentes, que foi um baque quando a paixão passou.
Matheus era um empresário, seu trabalho era importante para ele e eu não me enxergava no mundo dele, um mundo de jornais, viagens, carros. Não queria pertencer àquilo então talvez eu tenha desistido da gente primeiro.

-Olha Tabata, não quero brigar agora, não agora.-

Sorrio de uma forma sarcástica poise voltamos a nos chamar pelo primeiro nome. Apelidos carinhoso se foram depois da nossa quinta briga na verdade não lembro quando nós paramos com os apelidos, foram tantas brigas que nem me esforço mais para lembrá-las.

- Quando você não quer? Quando está em Nova York? Curtindo como se seu relacionamento não importasse.-

Vejo a veia do seu pescoço pulsar um sinal alto e claro que ele estava bravo. Conhecia muito bem essa reação dele era única reação que decorei em nossas brigas.

- Não importasse Tabata? Não fode caralho, pra nossa relação dá certo, uma parte tem que está junto com outro, apoiando as decisões da outra pessoa, quê fica feliz com o meu sucesso. Cadê Tabata? Não sou eu que está afastando a gente, é você com essas brigas sem motivos.
Como pode achar que algum dia poderia te trair?- ele rosna na minha direção, sua voz era  brava. Qualquer um que passese na rua aquela hora poderia escutá-lo.

- Como pode jogar a culpa para mim,  Matheus. Eu realmente estou feliz por você, mas uma hora cansa ficar no escanteio. Você viaja a porra do tempo todo, quando estamos juntos você passa a maioria do tempo resolvendo coisas do seu trabalho e  parece que você só presta atenção em mim quando estamos brigando-

Queria ser forte, não queria chorar mais as vezes, era melhor demonstrar nossas fraquezas do que nós enganar tentando  ser forte.

- Então você quer quê eu faça o quê? Desisto do meu trabalho novamente para ficar com você? Você quer que eu faço isso Tabata.

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