Amor a primeira Vista

-50

                                    1/5

Matheus

Cheguei na casa que o pessoal alugou  para  passar o réveillon. Tinha acabado de chegar em floripa e tinha também voltado ontem de Nova York.

Passei dois anos fora resolvendo coisas da empresa raramente vinha para Brasil, não tinha nada que me prendia aqui então fui embora.

Os anos em Nova York foram os mais intensos e loucos da minha vida, tentei focar o máximo possível no meu trabalho.

Ignorei todos os sentimentos que estava sentindo, não queria pensar e nem assimilar o que estava acontecendo comigo.

Como poderia descrever? Dor, uma dor psicológica que pareça uma dor física. Tudo doía, tudo era vazio e meu coração ficou oco, não sentia nada era como se tudo ficasse em silêncio e sem graça.

Ignorar o sentimento da perda me fez ser uma nova pessoa, não uma pessoa boa. Uma pessoa fria, distante sem coração

Após meu término com ela, após aquela noite nunca mais a vi, não podia vê-la e pensar na grande merda que tinha feito.
Quê perdi a única pessoa que amei mais que a mim mesmo nesse mundo.

Gostava de acreditar que talvez esse tempo que ficamos separados era preciso, que estávamos seguindo caminho deferente  naquele momento e que talvez um dia iríamos voltar.

Mas a medida que o  tempo foi passando o vazio ficando cada vez mais longo percebia que talvez não, que nossa  relação tinha acabado alí.

Cada dia que vivi foi uma tortura, sentia falta dela cada parte de cada fodido dia.
Sentia falta de tudo relacionado à ela.
A pior coisa era as lembranças, lembranças de algo que já foi concreto algo que foi vivido com tanta paixão e respeito e que agora éramos apenas estranho.

Hoje era dia 29 de dezembro, faltava dois dias para acaber o ano iríamos passar cinco dias em floripa, todos os meus amigos estavam aqui. 

Tínhamos pagado um pacote de viagem para final de ano em floripa, hospedagem passeios tudo incluindo.

Não sabia se ela soube do meu retorno nunca mais tivemos nenhum contato nem meus amigos falava dela porque eu pedi pra eles não falar nada em relaçãoa ela. Não queria imaginar ou se quer pensar se ela seguiu em frente. Imaginá-la com outro homem era de mais para mim, mas mesmo assim desejo que ela esteja feliz.

- Letícia e eu estamos brigados nem sei se aquela porra vai vim- Gabriel fala. Ele não parava de resmungar sobre a briga dele com a Letícia e ficando cada vez mais bêbado.

Estávamos sentado em uma roda bebendo junto com os outros por incrível que parece ainda não tinha visto nenhuma mulher até agora só tinha homem.

- As gringas são mais gostosas que as brasileiras?- Luiz perguntou. Ele era uns dos meninos que estavam aqui também, não fui muito com a cara dele. Dava para ver  de longe que ele era uma pessoa escrota e sua pergunta só me fez concordar isso

Bebi o gole da minha bebida, estávamos conversando sobre minha viagem um assunto que eu não estava nem um pouco afim de comentar jamais com estranho. Mas de qualquer forma qualquer assunto que se inicia aqui volta sempre ao principal: mulheres

- Ainda prefiro uma brasileira- especificamente ela... Gabriel e João ficou me encarando como se eu fosse ter um ataque de choro.

Bom já tive um ataque de chora a sete messes atrás, estava no bar três horas da manhã e liguei pra eles. A única coisa que lembro é de ter ligado e ficar chorando na ligação, sem dizer nenhuma palavra. Mais não precisava de uma bola de cristal pra saber o porquê eu estava chorando.