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Tabata

Acordei com um braço na minha cintura me puxando forte para um corpo quente. Prendi o ar imaginando não ser quem eu achava que era.

Olhei rapidamente por cima dos ombros pra saber quem era, mesmo  já sabendo a  resposta. Matheus estava dormindo como anjo agarrado em mim.

E eu só imaginando a merda que tínhamos feito. Como de " conversar " formos para " sexo"? A única explicação para isso era o álcool. Precisava culpar alguém a não ser a nós mesmo então vou culpar o álcool.

Suspirei criando coragem para vazar do quarto dele, devagarinho tirei seu braço da minha cintura pedindo a Deus para que ele não acordasse, pois não sabia como reagir.

Levantei sentindo um frio percorrer meu corpo e percebi que estava nua, puta merda. Olhei para chão vendo a blusa dele, na ponta do pé atravessei o quarto  vestindo a blusa dele que ficou enorme em mim.

Olhei pela última vez para a cama, não sei onde estava com a cabeça para ter ido para cama com ele.

Estávamos fardados ao fracasso. Olha para nós, escolhemos ir para cama ao invés de conversarmos. Conversar sobre o passado, onde ele escolheu o trabalho invés de a mim, onde ele foi embora sem olhar para trás.  Sem olhar para mim. Onde escolhermos desistir de nós.

Mesmo com arrependimento não pude deixar de pensar quê, nossa noite juntos foi incrível. Matheus tinha uma coisa que me deixava com um fodido tesão. A forma que seu toque atinge meu corpo me deixando quente como fogo em brasa era uma sensação fodida.

Sempre me martilava por ainda ser apaixonada por ele. Quê depois de dois anos tudo que vivemos era ainda fresco na minha memória.

Uma relação tão forte que tivermos não era superado da noite pelo dia ou em dois anos, acho. Pois ainda não superei.

Tomei o anticoncepcional, um filho agora era tudo que não precisávamos.

Voltei para a festa onde estava acontecendo a todo vapor. Bebi a primeira bebida que vi pela frente me afogando novamente no álcool. Sentindo meu estômago embrulhar, faço uma careta ignorando o enjoo.

Não sabia quanto tempo tinha se passado, mas não estava me sentindo bem. Levantei me sentindo tonta e com uma vontade de vomitar - Acho que deu de bebida hoje para você- sua voz grossa chega ao meu ouvido fazendo eu fechar rapidamente meus olhos.

Ele tira o copo da minha mão, colocando em algum canto, não respondi porque não estava em condições de responder.

Matheus me ajudou a subir as escadas me levando direito para o banheiro.

- O que deu em você? Por quê está bebendo tanto? - Não consegui indentificar seu tom de voz, parecia que ele estava bravo ao mesmo tempo preocupado.

Iria responder mas a bili subiu e vomitei tudo quê tinha ingerido.  - Porra linda, odeio ver você assim.

Matheus acariciava minhas costas com a palma da mão, passando conforto enquanto vomitava até o meu útero.

Depois de ter certeza que não iria vomitar mais nenhum órgão, levantei com ajuda dele que logo em seguida ligou o chuveiro. Colocando na água gelada. - Tá frio...- digo com voz de choro.

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