Capítulo 2.

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Coloquei meu celular para carregar, e quando ligou já vi mensagens que não queria ver mas sabia que teria, de qualquer forma eu teria que sair de casa mesmo pois as férias já estavam para acabar.

Fui me arrumar, coloquei um vestido bem justo preto, salto vermelho e deixei meu cabelo solto mesmo. Óbvio que eu iria para o balada. Liguei para o André e Julyer para que me acompanhassem. Não contei o que aconteceu, só chamei para curtirem essa noite comigo até porque são os amigos que mais confio.

O uber chegou e logo fomos para a melhor balada de Goiânia.

— amiga você tá bem? tô te achando estranha.- Julyer perguntou.

— Urrum. - falo com o olhar para fora do carro.

— então tá bom. - disse dando de ombros. — mas e o Wendell, como que está?

— tá ótimo! - digo rindo. — tá ocupado. - conclui.

— deixa ela menino, finalmente lembrou que tem amigos, depois de duas semanas com o macho no paraíso. - André respondeu rindo.

Chegamos na balada e fomos para o camarote curtir, alguns fãs reconheceram, pediram foto e levei várias cantadas, eu só respondia com sorrisos maliciosos. Drink vai, drink vem e eu ainda estava na minha só esperando o momento certo. Encontramos alguns amigos famosos, até o sócio do meu então noivo por lá, que não era de se jogar fora não, um gostoso e a todo tempo os meninos elogiavam o mesmo para mim.

— deixa eu te perguntar. - me refiro a André.

Ele vem mais perto, dançando com um copo em mãos. A batida estava alta e eu pergunto só para ter certeza.

— não saiu nada nos sites de fofoca, sobre mim ou sobre a Maiara? - pergunto alto para que o mesmo me escute.

— oxi, pelo que me lembro não. Porque? - respondeu um pouco espantado.

— André fala sério, tem muita gente me olhando. - dou risada.

— não amiga, única coisa foi sobre as férias que vocês tiraram e que já estamos para voltar. - respondeu e concluiu dizendo que estão me olhando porque estou gostosa.

Dancei, bebi muito e logo senti vontade de ir ao banheiro. A cachaça na cabeça mas eu sou responsável pelos meus atos, sei de tudo que estou fazendo.

Logo o vinho conversou comigo e eu senti uma vontade enorme de beijar alguém, o famoso fogo no rabo. Até que meus olhos bateram em uma pessoa e me deparei com, sim, uma mulher no banheiro e ela me chamou muito a atenção, a mesma composta por cabelos castanhos escuros ondulados e olhos verdes, corpo bonito esculturado e não muito alta, devia ter por volta de uns vinte e três anos de idade.

Fui no banheiro e percebi que seus olhos verdes me acompanharam, até porque eu sequei muito a bunda dela, lavei as mãos e a mulher ainda ali, sem pressa me comendo com os olhos.

— vem sempre aqui? - digo sem olhá-la e sem vergonha nenhuma na cara.

— até que venho... porque o meu pai é dono da balada. - ela ri enquanto seca as mãos. — e você?

— rum, filha do dono que chique... - tentei não parecer ser velha ao falar essa frase. - ah eu não venho muito, mas se você vir sempre eu começo a vir mais vezes. - mordo meu lábio.

— é uma proposta irrecusável. - ela chega perto de mim.

A mulher segurou minha nuca, grudou nossos corpos e puta que pariu que pegada foi essa no meu cabelo. A moça que eu não sabia o nome me beijou lentamente o que me fez tremer um pouco, sua língua acariciou a minha, a boca quente com um leve gosto de bebida cara me deixou molhada e a respiração dela me fez duvidar de muita coisa em mim. Foi um beijo fogoso, um beijo bom e para a primeira vez beijando uma mulher foi a melhor experiência. Até que me vi sentando na pia, abrindo a perna e ela empurrando a minha calcinha para o lado, foi tudo muito rápido e eu me deixei levar e gozei na mão dela.

— como é seu nome? - falo, recompondo as forças.

— Anne. - ela ri pois eu fui perguntar o nome da menina depois de ter dado para ela no banheiro da balada.

— o meu é Maraisa, Carla Maraisa. - nem sei mais o que estou fazendo da vida.

— eu sei o seu nome, você é a cantora que fechou o camarote mais caro da balada para três pessoas. - ela pisca e me tira da pia. — você é mais gostosa do que nas redes sociais... e eu achei que você estava noiva do nuxx.

— e eu achei isso um pouco grosseiro. - reviro os olhos, me ajeito e saio do banheiro sem dar atenção. Me senti usada, mas o que esperar né? Ultimamente as pessoas andam escrotas.

Volto para o camarote, e estava cheio de homens lá parecia o céu só homem gostoso, cheiroso e reparei que muita gente percebeu que eu estava lá. Era a minha hora.

— amiga, que cheiro é esse? - julyer perguntou. — demorou no banheiro e voltou cheirando a sexo.

Olho para ele, que debochou e não discordo mas também não desminto. Ele me olhou de boca aberta e eu disse para ele curtir a noite.

Olhei bem e achei um boy alto, e não era qualquer homem, lembra do sócio do meu noivo, então. Perfeito, do maxilar quadrado parecendo harmonização e o corpo mais bombado.
Chamei ele e o mesmo já veio na intenção, fui rápida puxando pela camisa e metendo um beijão de novela na boca dele, e correspondeu no mesmo momento. Foi um beijo meio sem graça, sua boca estava com gosto de cigarro mas foi o suficiente para todos em volta terem as fotos perfeitas da minha vingança.

— Maraisa! - exclamou André. — o que você está fazendo.

— vem aqui. - disse julyer me puxando para que o escândalo não fosse tão grande.

— já chega. - digo levando os dois comigo.

Saímos do camarote para uma área mais reservada onde não havia muito barulho e já começo a chorar desesperada.

— o que aconteceu? - perguntou André pela milésima vez.

— Wendell me traiu, faz mais de uma semana que eu voltei para Goiânia. - pego um pedaço de papel.

— como assim amiga? - ele pega pega pela mão para sentar.

— traiu André... eu só quero ir para casa. - me sinto cansada.

— vamos gente o carro já chegou. - julyer chama.

Fomos em direção a porta, no qual já haviam muitos paparazzis, pessoas filmando e fazendo perguntas. André e Julyer fizeram a minha segurança até o carro e óbvio que quando olhei o celular, meu nome estava nos trends topics do Twitter e milhares de ligações e mensagens da minha irmã, dizendo que estava indo para minha casa.

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