A muito tempo atrás, duas grandes nações estavam indo a falência devido a uma guerra cujo já durava 20 anos. As nações eram separadas pelo mar e, em meio a isto, havia uma pequena ilha com um povo que tentava sobreviver sozinho. Constantemente a ilh...
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"O que será que ela queria?" Ally pensou alisando ambos braços para abaixar os pelos. Alguns quarteirões depois, o motorista tentou puxar assunto.
- A senhora está indo para Hyirefort, correto? - Comentou.
- Sim, Hyirefort. - Allyira tentou ser simpática.
- Moça, são quatro horas de carro. Não era melhor ir de ônibus? - Ele guinchou como um porco, amedrontado devido a perigosa estrada.
A garota concordou com ele por um momento mas ter de enfrentar sete horas e meia num ônibus lotado que balançaria até quase lhe fazer colocar os bofes para fora, deixava Ally angustiada.
- Não, eu prefiro ir de carro. Mesmo sendo quatro horas, é melhor do que ir de ônibus. - ela deu de ombros e apanhou o celular.
- M-m-mas teremos que pegar a estrada! - Ele gaguejou e enfatizou seu medo fazendo-a observar fixamente seus castanhos olhos pelo retrovisor.
- Se o senhor desejar, pode me deixar aqui na esquina mesmo. Eu pego as minhas coisas, chamo outro CityCar e seguirei meu caminho do mesmo jeito.
- Mas... A senhora irá registrar uma reclamação?
- Sim. Este CityCar está no aplicativo como "carro para viagens", logo, subentende-se que você me levará aonde quer que eu precise ir, independente de ser uma estrada ou um caminho de terra. - A jovem explodiu, impaciente.
A raiva vinha a tomando com frequência e isto estava começando a assustá-la. Sempre que a irritação a tomava, uma onda de desastres banhava sua vida. Inicialmente apenas na TPM ou lua cheia, mas logo a raiva passou a tomar conta de pequenos e insignificantes acontecimentos.
- Não precisa reclamar no aplicativo senhora, eu te levo... - Choramingou o motorista amedrontado.
***
Após uma hora de viagem, Ally já sentia seus nervos mais calmos e o ambiente melhorara consideravelmente logo depois de o motorista puxar assunto e começar a falar apaixonadamente de sua esposa e filha.
- Pois é senhorita Allyiria... Allyiria não é? - Perguntou ele com um certo receio carregado na voz.
- Allyira. - Disse a jovem com o cotovelo encostado na porta do carro e rosto apoiado na mão esbanjando um belo e explícito sorriso de satisfação, desejando a todo custo ter um esposo como o motorista.
- Ah... Como minha Mirabella é maravilhosa... Tão formosa e delicada, calma e gentil, simpática e inteligente... Ela tem o sorriso mais belo, as curvas mais chamativas, o rosto mais meigo e a beleza de uma verdadeira deusa! E aqueles olhos... Ah aqueles belos olhos sempre cheios de ternura, e aquela voz linda que ela tem!? Parece uma sereia cantando a cada palavra. Como amo minha Mirabella. - Ele corava ao volante a cada elogio, sorria a cada detalhe dela descrito e parecia vislumbrar sua esposa a cada palavra.
