Capítulo 4

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- Isso é suborno.

- Cala a boca.

- Acha mesmo que a Bailey vai deixar você entrar em uma sala de cirurgia por esse café? Se quer subornar, pelo menos suborne direito.

Any se vira para Sabina.

- Já disse e vou repetir, isso não é um suborno!

- Quem está subornando quem?- Savannah aparece do lado das duas no corredor, logo em seguida é George que aparece.

- Any está subornando Bailey com um café para poder entrar em alguma cirurgia.

- Eu não estou subornando ninguém, é só um café com leite.

Nessa hora, a Dr. Bailey aparece na frente dos quatro enquanto segura um prontuário.

- George, você fica responsável na ressuscitação, Any fica na emergência, Sabina entregue os exames do fim de semana para os pacientes e Savannah, vai para as suturas.- termina indo em direção as escadas, Any vai rápido atrás dela e a chama.

- Dr. Bailey, eu queria auxiliar na cirurgia de hoje.- a mulher se vira e encara Gabrielly atentamente.- Qualquer procedimento de rotina, eu acho que estou pronta. Quer café com leite?- estende o copo para ela.

Sabina fica do lado da Any.

- Se ela for auxiliar, eu quero também.

- Eu também.

- Eu adoraria participar, se todo mundo for...- George diz comendo sua maçã.

- Calem a boca.- diz a Dr. Bailey.- Todo interno quer sua primeira cirurgia, e isso não é dever de vocês. Sabem qual é o dever de vocês? Deixar seu residente feliz. E eu pareço feliz? Não. Porquê? Porque meus internos são pidões. Sabem o que me deixaria feliz? Ter alguém no desfibilador, mais gente na emergência, exames de fim de semana entregues, e ter alguém lá embaixo cuidando de todas as suturas!- todos começam a ficar um pouco constrangidos e abaixam as cabeças. A Bailey olha o copo de café nas mãos da Any e pega o mesmo, voltando a subir as escadas.- Ninguém segura um bisturi até eu estar mais feliz que a Mary Poppins.

Todos se olham e começam a andar em direções opostas.

Naquele mesmo dia, Any havia pego um caso de possível estupro e agressão. A paciente já tinha sido operada e agora ela se encontrava estável, mas ainda tinha risco, eram poucas as chances dela sobreviver.

Any passou algumas vezes na frente do quarto que ela estava, ainda desacordada, e em todas as vezes ela encontrou Josh sentado na poltrona do lado da cama dela, enquanto olhava alguns prontuários ela desviava o olhar para ele as vezes.

Sina estava conversando com ele naquela hora, sobre algo que Any não conseguiu escutar. Olhando eles naquele momento, Josh sorrindo com algo que Sina dizia, Gabrielly se perguntava como era ter irmãos.

Será que era bom? Não ficar sempre sozinha em uma sala de espera com alguma enfermeira desconhecida enquanto esperava sua mãe terminar sua cirurgia?

Olhava eles com atenção, mas ao mesmo tempo tentava ser discreta, até que viu Sina sair do quarto.

Ela fechou seu prontuário e se aproximou da porta do quarto, se encostando no batente.

- Está aqui o dia todo.- comentou, viu Josh virar a cabeça e direcionar seu olhar para ela.- Como ela está?

- Sem nenhuma melhora.- suspira.

- E os pais dela? Família?

- Não tem.

- Ninguém?- pergunta surpresa.

Josh nega.

- Os pais morreram a seis anos, ela se mudou para Seattle a três semanas.- suspira se levantando, se aproxima com calma da Any e encosta seu ombro na parede perto dela.- Tá tudo bem?

Minha Última Chance • BeauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora