Capítulo 11.

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domingo, 16 de novembro de 1997.

O fogo na sala comunal está morrendo. São quase três da manhã e estou pensando se devo atiçar.

Não consigo dormir há algumas semanas. Eu sinto a guerra chegando. O peso dela me mantém acordado.

Mas não sei qual é a desculpa de Blaise.

Ele cochilou uma hora atrás, sentado na minha frente, lendo seu dever de casa de História da Magia.

Ele não foi escalado para os Comensais da Morte. Ele não tem parentes para puxá-lo para a guerra. Tudo o que ele tem é sua mãe e seu novo marido, enquanto este durar.

Eu o observo dormir. Eu invejo ele.

A parede da masmorra se abre e Theo Nott aparece, movendo-se silenciosamente antes de me ver observando-o.

— O que te manteve acordado, então? — ele diz, percebendo que Blaise desmaiou.

— Eu poderia te perguntar o mesmo, — eu murmuro. — Ou devo perguntar "quem?"

Theo para e, antes de se permitir corar, diz: — Lufa-lufa. — Ele sorri, um sorriso tenso. — Ela é puro-sangue, eu garanto.

Ele se joga em uma cadeira, e eu decido não pressionar mais, sabendo que a única Lufa-lufa de sangue puro em nosso ano é Ernie Macmillan.

— Alguma coisa nova para relatar? — Theo pergunta. Ele olha ao redor da sala em busca de ouvidos curiosos – embora esteja claro que somos os únicos dois ocupantes conscientes da sala comunal – e pergunta: — Alguma coisa sobre Potter desde que o Ministério invadiu?

Eu balanço minha cabeça. — Nada do Pai.

Eu olho de volta para o fogo. Theo está sempre tentando entrar no meio das coisas.

— Eu ouvi algo interessante.

Eu olho para ele. Suas sobrancelhas estão levantadas e ele está examinando suas cutículas.

Que bicha enrustida irritante.

— Sim? — Eu mordo a isca.

Ele olha ao redor da sala novamente, os olhos pousando no Blaise adormecido, então de volta para mim.

— Você já ouviu falar sobre um leilão? — ele pergunta.

Um ano atrás, meu olho teria se contorcido.

Dois anos atrás, eu teria respirado fundo e centrado meus pensamentos para encontrar uma mentira.

— Sim, — eu digo. — Ouvi rumores.

Theo sorri. — Estou pensando em pedir um sangue-ruim no meu aniversário.

Ele ri.

Eu sorrio de volta.

— Ou um Weasley, — ele diz. — Fazer com que limpem minha casa. Engraxar meus sapatos.

Estou prestes a fazer algum comentário sobre a maioria das opções Weasley serem homens... que teriam propósitos limitados para a maioria dos caras, quando Blaise chega antes de mim.

— Poderia tê-los trabalhando em uma tanga para você, Theo, — diz a voz grogue de Blaise. Ele se senta e esfrega os olhos. — É melhor esperar que eles estejam leiloando os dois mais velhos. Infinitamente mais bonitos do que o resto. — Ele encontra energia para piscar para ele.

— O que isso deveria significar? — A mandíbula de Theo fica tensa. Seus olhos disparam para mim, então de volta para Blaise.

— Nada, Théo. Nada. — Blaise fecha o livro e estica os braços sobre a cabeça. — Tenho certeza que você quis dizer Ginny Weasley. Ter sua escrava para você e trazer suas refeições na cama.

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