Capítulo 24.

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Quinta-feira, 2 de março de 2000 – mais tarde.

Ela corre da chuva, tirando os sapatos, tirando o cachecol, e eu estou sorrindo para ela. Atrasada para a aula de dança. Como uma criança de oito anos que desesperadamente não queria ir.

Quando ela me vê sentado, ela engasga, segurando suas pérolas, como se eu fosse o assassino em uma história de terror.

— O que você está fazendo aqui? — ela suspira. — Está tudo... seu pai está bem?

Pensando em mim. Indo de assassino de machado para preocupação genuína em 0,07 segundos.

Eu me levanto, e antes que eu possa responder, ela está em outra emoção.

— Eu estou tendo essas aulas, Draco. — Ela olha para mim. — Só me resta mais uma semana e pretendo terminar. A herança será transferida e pronto. Fiz um acordo.

Garotinha teimosa.

Abro a porta para ela e passo a mão para guiar sua entrada. — Depois de você.

Ela me encara por alguns instantes e então entra.

Uma advertência severa vem da direção do gramofone. — Senhorita Granger, você está dois minutos atrasada.

Merlin, foda-se essa maldita voz.

— Receio que foi minha culpa, Srta. Truesdale, — eu digo, e a velha morcega murcha gira, o rosto se abrindo em um sorriso encantado.

— Jovem Sr. Malfoy! Que surpresa adorável. — Ela dá um tapinha em seu cabelo grisalho e desliza sua mão na minha enquanto eu beijo seus dedos. — Você tem feito tanta falta.

— Estou feliz em ouvir isso, — eu flerto de volta.

— Como está sua mãe? Fiquei tão triste em saber sobre o incidente de seu pai, — ela faz beicinho, e então com um aceno de sua mão o gramofone sintoniza e Granger é enviada para a barra de balé.

Eu respondo de maneira respeitosa, olhando para o Profeta noturno deitado em sua mesinha. Uma foto da minha família me encara.

Ela deve saber quem a está pagando, certo? Ela deve saber por que foi obrigada a passar das aulas normais para ter aulas particulares com uma garota nascida trouxa.

Truesdale flutua sobre uma cadeira para eu sentar na frente da sala e desliza sobre seu próprio banquinho.

— Se você está aqui para verificar o progresso dela, Sr. Malfoy, lamento informar que ela precisa de muito mais tempo e foco para realmente se comparar com garotas de sua idade.

E aí está.

Eu sorrio para a avaliação. E eu me pergunto se alguns dos meus gracejos e insultos quando criança foram absorvidos assistindo Truesdale "ensinar".

Eu viro meus olhos para ver Granger em seu último demi plié e grand plié, tornozelos rolando para fora, costas deslizando para fora do alinhamento.

E talvez haja alguma verdade no insulto.

Eu mordo de volta meu sorriso.

Truesdale configura a valsa vienense no chão, guiando Granger pelas formações e curvas. Suas bochechas queimam quando ela tropeça. Seus olhos fingem que eu não existo.

— Você vê, Sr. Malfoy? Ela está fora de foco e descoordenada.

Sua vaca. Empanturre-se.

— Hm. Talvez ela esteja trabalhando há muito tempo sem um parceiro, — eu digo.

Os olhos de Granger finalmente encontram os meus enquanto eu me movo em direção a ela. Há aquele medo de assassino com machado de novo...

— Er, eu não sei bem os passos ainda...

All The Wrong Things | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora