All The Wrong Things | Dramione

Capítulo 7.

sábado, 25 de setembro de 1999.

Voar é fácil. Passando por balaços e enrolando a camisa. O suspiro do vento em meus ouvidos dominando qualquer sussurro.

O que não é fácil é a ruiva me encarando antes de decolarmos. Ou a maneira como Potter olha para mim depois que a ruiva o chama de lado.

Preciso me lembrar de que não somos amigos quando Goldstein fala sobre bebidas depois do treino. Eu recuso, e vejo os ombros de Potter caírem em alívio.

Eu saio de lá antes que a garota Weasley tente gritar comigo.

~*~

domingo, 26 de setembro de 1999.

Pelo menos vencemos o Magical Games and Sports. Ginny Weasley encontra uma maneira de deixar tudo de lado para a partida, porque ela passa por mim quando estou aberto e deslizo a goles passando pelo goleiro no último segundo.

Goldstein me abraça no ar, quase me derrubando da vassoura. Eu me permiti sorrir. Só uma vez.

Potter parece que quer falar comigo enquanto estamos indo para as cabines para tomar banho e me trocar, então eu apenas pego minhas coisas e saio – tanto quanto eu adoraria deixar Potter ver a cicatriz que ele cavou em mim enquanto eu me troco minha camisa.

Estou lançando um rápido Scourgify sobre mim quando chego à beira do campo e ouço uma voz a uma pequena distância, cantando: — Vai! Vai! Grifinória! Vai! Vai! Grifinória!

Eu me viro para encarar a voz e me vejo olhando para olhos familiares e risonhos. Meus pés param.

Pansy.

Ela sorri para mim, como se fizesse apenas alguns dias desde que nos vimos. Ela parece mais velha.

Eu me pergunto se eu também.

Penso nas cartas e bilhetes que ela me escreveu durante esses quinze meses e nos pedidos de visita negados.

— Você fica bem de vermelho, Draco. — Ela levanta uma sobrancelha para mim e passa os olhos pelo meu uniforme.

Nós aparatamos para uma lanchonete que costumávamos ir no verão antes do quinto ano. Vincent costumava pedir rabanadas e panquecas juntos e sentar-se em silêncio comendo ao lado de Greg enquanto Pansy, Blaise, Theo e eu conversávamos. Eu pisco.

— Como está o Ministério? — ela pergunta, uma vez que fizemos nossos pedidos. — Você está a caminho de se tornar o próximo Ministro da Magia? — Ela me provoca com as pálpebras abaixadas enquanto leva a xícara aos lábios.

— Dificilmente. — Eu misturo o mel. — É como você esperaria. Um trabalho de escritório com várias das pessoas que menos gosto na Inglaterra.

— Quanto tempo mais você tem?

— Onze semanas. — Elas não poderiam passar em breve. — E você? Você está estudando com Madame le Roux?

— Ah, então você recebeu minhas cartas. — Ela bate com o guardanapo nos lábios e ergue uma sobrancelha para mim.

Sinto o calor chegar às minhas bochechas. — Eu as li. Eu não sabia como responder.

— Oh, vamos, Draco. — Ela sorri. — Eu queria ouvir tudo sobre as coisas emocionantes acontecendo com você. "Hoje eu andei pela minha cela no sentido anti-horário em vez de no sentido horário. Hoje fui chutado por apenas um guarda!”

Eu olho para a minha xícara de chá.

— Quem mais está trabalhando com você? — ela muda de assunto – um de seus pontos fortes. — Vi Anthony Goldstein hoje e reconheci alguns outros. Mas Ginny Weasley – ela não está voando para as Harpias?