Capítulo 20.

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terça-feira, 17 de fevereiro de 1998.

Eu sinto que estive na Mansão com mais frequência do que em Hogwarts nas últimas semanas. Severus me acorda uma vez por semana e me instrui a me vestir porque fui selecionado para uma missão.

É assim que me encontro aqui esta noite, jogando Snap Explosivo com Luna Lovegood.

Ela vira uma carta de sapo em cima da minha, e meus braços saltam, meu peito se prepara para bater minha mão antes da dela...

Tap!

Ela me venceu, rindo.

— Porra.

— Acho que são dezoito para quatorze, sim? — ela diz, embaralhando as cartas novamente. As cartas só explodiram duas vezes até agora.

— Você trapaceia, — eu digo, infantil até para os meus ouvidos.

— Você é o único com varinha, — diz ela. — Sr. Ollivander geralmente me vence. Ele é bastante rápido para um cavalheiro mais velho.

Eu olho para o espaço vazio ao lado de um pilar de pedra, cobertor amarrotado e meias sobressalentes ao lado de um livro.

— Eles o levaram ontem, — diz ela, sem precisar que eu pergunte. Não preciso pedir muito com ela. Ela apenas fornece. — Como está a escola? — ela diz.

— Horrível. — Pego as cartas que ela me dá e as empilho ordenadamente. — Os Carrows ficam me lançando imperius.

Ela acena com a cabeça. — Mas você pode resistir a isso, certo? Como um Oclumente?

Meus olhos se voltam para ela. Ela vira a primeira carta. E espera a minha vez. Ela olha para mim e seus olhos azuis são quase brancos.

— Sim, — eu sussurro. — Pode ser mais fácil. Você é...?

Ela inclina a cabeça para mim.

Eu olho em seus olhos, enviando meus pensamentos adiante.

Uma Legilimente?

Observo as palavras deslizarem em um fio prateado entre nossos olhos, entrando em suas pupilas e desaparecendo por dentro.

Ela morde o interior da bochecha. — Mm. Acho que não.

Eu ri. Um som de latido cheio de alívio e alegria. Ela literalmente acabou de ler palavras não ditas da minha mente.

Ela se inclina, como se estivesse prestes a me contar os segredos do mundo. — Só sei como manter afastados os surtos de destroços.

Ela pisca. E estou prestes a rir dela, prestes a virar meu cartão quando a porta da masmorra se abre.

Eu me levanto, puxando minha varinha.

O corpo pálido e magro de Ollivander desce as escadas, batendo degrau após degrau na descida. Lovegood se move para ir até ele, e eu seguro seu cotovelo.

Dois pares de botas seguem, e então Dolohov e Rowle estão lá. Rowle chuta o lado de Ollivander, mas Dolohov para quando nos vê. Seus olhos examinam os caroços de maçã e as cartas de baralho. Ele desliza seus finos olhos negros até mim e sorri.

— Estamos interrompendo alguma coisa, Malfoy?

Rowle olha para cima, me avistando. Seus pés tropeçam e se replantam. Ele pode estar bêbado.

Respiro fundo e tudo se encaixa.

— De jeito nenhum. Apenas vigiando nosso prisioneiro, — eu digo. — De acordo com as instruções do meu pai.

All The Wrong Things | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora