Capítulo 21.

939 56 36
                                    

domingo, 20 de fevereiro de 2000.

Quando chego em casa da Itália, mamãe está sentada com Rita Skeeter em nossa sala de estar. Entro no momento em que a Pena de Citações Rápidas está anotando as datas de visitas recentes de minha mãe em Azkaban.

Rita está sentada na beirada da cadeira, balançando-se levemente, mas apertando os lábios em uma linha firme, como se abrir a boca pudesse arruinar aquela ocasião importante.

— Olá, Draco, — mamãe diz quando ela termina. Rita se vira para mim rapidamente, com os olhos brilhando. — Meu filho e eu não temos comentários. — mamãe termina.

Rita fecha o maxilar e respira fundo. Ela pega sua pena de citações rápidas no ar e se levanta. — Obrigado, Sra. Malfoy.

— Black, por favor, Rita.

Os olhos de Rita se arregalam. Ela acena rapidamente para mim enquanto se dirige para as lareiras. Eu ouço as chamas explodirem.

— Bem, isso não demorou muito, — eu digo.

Mamãe bebe seu chá e olha para as novas cortinas. — Não deveria ser um choque para ele. Eu disse a ele que isso aconteceria se ele interferisse. — Ela pressiona os nós dos dedos nos lábios e eu franzo a testa para ela. — Eu a vi hoje. Ela não está muito diferente, mas há pequenas coisas, não há?

Ela olha para mim e eu aceno.

— Não é muito perceptível, mas está lá. — Ela passa o dedo pela borda da xícara e diz: — Ela vem jantar no sábado. — Mamãe olha para mim com as sobrancelhas levantadas. — Seja discreto, Draco. Pelo menos finja que  ela não vai passar a noite.

Sinto o sangue subir ao meu rosto, olho por cima do ombro dela e aceno com a cabeça, escapando da sala antes que ela me pergunte algo completamente inapropriado, como se precisássemos de uma poção de fertilidade colocada em seu copo de vinho.

Na segunda-feira, o jornal anuncia o divórcio na primeira página. Skeeter fez um trabalho maravilhoso em mantê-lo intrigante, mas vago.

Fico na frente com Melody, segurando uma xícara de café quando as portas do elevador se abrem, e não posso deixar de piscar para ela quando seus olhos brilham ao me ver ali.

Ela pega a xícara com um lindo rubor e eu acompanho seu passo a caminho de seu escritório. — Reunião da equipe sênior às dez, então devemos nos encontrar esta tarde sobre a campanha do Pomorim Dourado. Depois do nosso almoço, é claro.

Ela olha para mim e eu deixo meus olhos vagarem sobre ela. Apenas a menção de nossos "almoços" me faz pensar qual calcinha ela está usando hoje.

Ela olha nervosamente por cima do meu ombro e diz: — Almoço. Sim. E o que você estava planejando pedir hoje?

Eu sorrio. Essa bruxa…

— Eu tenho algumas idéias, — eu digo. — Mas estou aberto a sugestões.

Porra, penso em curvá-la sobre a mesa, deslizando para dentro dela enquanto olho para sua bunda novamente. E eu me pergunto que coisinhas sujas ela quer de mim que ainda não me contou. Se eu puder arrancá-los dela.

Ela cora no chão, e eu pego minha deixa para ir embora antes que eu faça algo com ela aqui no chão do escritório.

— Er, Draco? — ela me chama de volta e acena para que eu entre em seu escritório. Nós paramos na porta quando ela diz, — Eu, er... eu vi os jornais esta manhã. Eu só queria ter certeza que você estava... bem.

— Excelente, — eu digo. Estranho que isso me afetasse.

Ela gagueja o que realmente quer dizer, que é uma tradução vaga de "Espero que você se sinta bem", e como ela sugere que os divórcios podem ser difíceis, eu digo: — Pelo contrário. Foi provavelmente uma das decisões mais fáceis minha mãe já fez.

All The Wrong Things | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora