A flor preciosa

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{Prólogo}
Talita estava olhando para o céu azul naquela tarde,os raios do sol tocavam sua face enquanto permanecia apoiada em seus braços,estar ali era tranquilo e uma espécie de sono entorpecedor tomava conta de seu corpo.
O jardim em que estava cheirava docemente a flores e grama,pensou em deitar na grama mas seu sono constante a avisava que se deitasse dormiria,ao longe havia um balanço vazio que se movimentava ao sabor do vento,observando o balanço começou a perder o foco,fechando as pálpebras repetidas vezes.
Decidiu se levantar e começar a caminhar,no começo caminhou despreocupada apenas para afastar o sono depois ela começava a se distanciar das outras crianças que estavam no jardim,aquelas crianças que ela deveria brincar algum dia,ia se distanciando cada vez mais e ninguém parecia perceber o afastamento dela.
Depois de um tempo percebeu que havia algo brilhante entre o jardim e as poucas árvores dispersas que compunham aquele cenário, a princípio pensou ser um tipo de metal brilhante ou nas suas maiores fantasias de criança um tesouro escondido,quando se aproximou percebeu que não era nada muito diferente do aspecto geral do jardim,mas sim uma flor que brilhava.
Aquela flor parecia ter um brilho vivo e espectral,Talita começou a se aproximar lentamente,mas a medida que se aproximava uma espécie de magnetismo a atraia vigorosamente,logo seus pés não tocavam mais o chão apenas roçavam na grama,Talita voava em direção à flor tal como uma pequena e apressada abelha.
Subitamente tudo se escureceu,havia agora em sua visão apenas uma escuridão circundante e uma espécie de terra ou areia grossa e áspera que cobria sua mão e tudo o mais a sua volta,Talita se sentiu terrivelmente sozinha e para seu desespero não estava sonhando,começou a engatinhar na escuridão até perceber que algo brilhava ao longe,começou a engatinhar mais depressa acreditando que voltaria para a realidade.
Quando encontrou o que brilhava sua esperança morreu admirada, não era uma outra flor nem tão pouco um portal ou uma saída, era uma coroa de cristal que reluzia na escuridão.
Desapontada segurava a coroa com pouco esforço quando começou a ouvir passos que se aproximavam,quando os passos se aproximavam Talita enterrou a coroa ali com medo de que alguém a descobrisse,mas já era tarde,algo tão mais áspero que a areia e muito velho segurou seu braço, era nada mais nada menos que uma velha e trepida bruxa.

A flor secretaOnde histórias criam vida. Descubra agora