O espirito da floresta

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Depois de uma boa distância,Talita se encaminha para o riacho entrando na água e começa a encher o balde quando vê um feixe de luz na outra margem que se parece como uma aparição no reflexo da água.

Talita olhava assustada,era inusitado aparecer um feixe de luz naquele mundo.Quando desvia o olhar do reflexo da água vê o que não imaginaria nem em cem anos,um magnífico unicórnio que a encarava na outra margem.Pálido como a luz da lua o animal a olhava docemente, Talita queria trocá-lo mas o animal mantinha cautela e poderia fugir a qualquer momento,mas aquela era em si uma oportunidade única e Talita não pretendia desperdiça-la com medo,foi em direção ao unicórnio devagar,se ela não teve sorte com os "pequenos trabalhadores "talvez tivesse com o unicórnio.
Ia quase chegando a outra margem e o animal dava indícios de fuga,mas manteve-se se aproximando era como se ele de certa forma a esperasse de modo cauteloso.Talita chega perto o suficiente para tocar a criatura magnificamente branca da floresta, estende sua mão e observa que está tremendo até encostar as mãos na face do doce animal.
Após um breve afago a criatura começa a se movimentar devagar como se esperasse que Talita o acompanhasse,Talita vai em direção aos passos do animal,vão caminhando pela floresta até que ambos estão sobre um caminho de mata espessa que erradia uns longos feixes de luz solar sobre a floresta,a floresta parecia estar em seu êxtase,parecia um sonho,um conto infantil...como cantarolar na floresta brincando de esconde-esconde ao sabor do tempo e dos sonhos...quando Talita percebe que sua nostalgia se dissipa rapidamente, lá se vai correndo o unicórnio na floresta subitamente assustado.
Talita corre e tem medo profundo de olhar para trás ,era como se o chão fosse sumir sobre seus pés era como acordar de um sonho em um pesadelo.
Talita não sabia por que corria e sentia medo sem propósito,apenas corria talvez quisesse fugir pra casa,para qualquer lugar que fosse mais previsível do que aquele profundo medo do inexplicável.Corria rapidamente apertando os olhos como se fosse acordar em casa,mas tropeça e cai,chora pela sua falha na corrida,chora pelo desamparo.
Chora com os olhos fechados o que fosse vir que viesse,após um tempo assim desiste e abre seus olhos novamente,o medo já estava tomando conta da sua mente a deixando cega para a vida,para a vida naquele lugar estranho.
Quando consegue focalizar avista um corvo que está estranhamente segurando um papel em seu bico,o animal também a encarava confirmando um tipo de presságio misterioso,ele a havia escolhido,ela estava destinada para ele.
O corvo subitamente voa e deixa cair seu bilhete sobre a Talita e some como um passe de mágica na floresta.

A flor secretaOnde histórias criam vida. Descubra agora